terça-feira, 29 de dezembro de 2009

E o ano que vem

Engraçado, dessa vez comecei o post pelo título... coisa que nunca faço. Aprendi desde o colegial que título é o arremate de um texto. "Como é que você vai saber se o texto vai fluir como o previsto?", questionava minha professora de Português, no Objetivo. E aí virou costume. Todos os meus contos começam sem saber onde irão chegar. E no fim, eu os leio e lhes dou o nome de batismo. Engraçado eu começar a falar de títulos hoje, justo hoje que precisei ligar para a minha ex-companheira de redação, Solange. Foi justamente com ela que em certa ocasião, travei esse embate do título antes X título depois. Ninguém ganhou a discussão, só brigamos um pouquinho depois de eu ter dito que ela havia feito jornalismo na época da máquina de escrever e ela ter me dito que por eu não ter feito naquela época eu 'catava' milho no teclado. Mas, depois nos reconciliamos... afinal, cada um tem um estilo. E não é que justo no meu primeiro livro eu escolho como nome 'Contos à máquina de escrever'? Putz, deve ter sido aqueles atos falhos que só a consciência da gente sabe porque.
E veja, minha vontade e disposição para escrever já está acabando e eu ainda não escrevi sobre o título que está lá, me cobrando, me olhando lá de cima e dizendo: como é? Se não ia falar de mim porque me colocou aqui? É... minha professora estava certo... e a ariana cabeçuda da Solange errada! rsrs. Bom, que se risque o título lá de cima e se leia: "Título em cima ou embaixo, eis a questão".

sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

And so this is Natal... e a ceia que vem

Sei que muitos não gostam. Acreditem, o Natal também não é uma das minhas datas preferidas. Quer dizer, a data em si, para mim, é muito especial. O que pega é essa 'obrigação' impregnada no inconsciente coletivo de que é necessário passar a noite do dia 24 para o 25 em família, ou em grupo, ou de alguma forma diferente, com muita comida e bebida. Tá certo, eu também gosto muito de comida e bebida típicos dessa data, mas convenhamos, rever parentes não é missão das mais fáceis.
Primeiro porque existem dois tipos de parentes: os que você vê todos os dias e os que só vê nessa época (distantes). E são esses que fazem da data algo chato.
Segundo porque parentes distantes geralmente trazem novidades. E sempre são boas novidades ou melhores do que as suas. Tem sempre a tia gorda que fala dos progressos financeiros dos filhos, dos bons casamentos destes e lamenta por você, sua nem tão boa condição. Também tem os tios que bebem, bebem, bebem, e desatam a ouvir o pior da indústria cultural de massa. O pior é que eles não escutam o que os sóbrios estão sendo obrigados a ouvir. Mas experimente trocar ou abaixar o volume do maldito forró Calcinha Preta ou o sertanejo Chitãozinho (aquele disco bem antigo), para ver o que acontece. E o papo? Duas palavras mal pronunciadas por causa do álcool e altas gargalhadas, como se todo mundo estivesse naquele ritmo de festa.
Terceiro porque há o amigo secreto. É a tal da 'faca de dois legumes'. Se há o joguinho cretino, há constrangimento, frustração com o presente e aquele clima forçado de entrosamento, amor e carinho. Se não há, a ceia fica pior, pois aí sequer há aquela força de vontade para que tudo dê certo até a meia-noite e que quando esta chegar haja realmente vontade de se abraçar um ao outro e dizer: Feliz Natal!
E como a essa hora eu já sobrevivi a mais um Natal em família, posso dizer: Feliz Natal a todos e muitas felicidades... tenha em mente que ser um ser humano melhor só depende de você, não dos outros. E se quiser distribuir um pouquinho do bem que carrega consigo, não é necessário dar dinheiro a ninguém nem a nenhuma instituição de caridade, nem doar para o Teleton ou para o Criança Esperança, muito menos para instituições religiosas, apenas procure não prejudicar o próximo, o seu semelhante, tente não buzinar no trânsito para a cagada do que vai à sua frente, não faça com o outro o que você não gostaria para você, enfim, cada um teve uma criação diferente, mas nem por isso deve-se impor a merda que aprendeu a ser... se nada tiver de bom para dar, apenas não dê!

Beijos a todos!

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Doidera de um dia de verão na redação de um bom dia de trabalho

O carro lá fora chega. O motorista entra apressado e com um gesto de braços do outro lado da redação me chacoalha na cadeira. É agora! Corri, puxei o fotógrafo com um cutucão de leve no braço direito, foi junto, apressado, esbaforido também. Entramos no carro, o motorista desatou a andar. Destino: a casa de um arquiteto com o qual eu nunca havia falado antes. Longe, mas temos que chegar antes das 14, e eram 13h55. Deu tempo. Toco o interfone. Quem é? Como assim quem é? Sou eu, do jornal, aquele que falou com vossa mercê há pouco, tá lembrado não? Entre pelo portão grande ao lado. E a estúpida pressa me fez seguir pelo lado oposto, quase invadindo propriedade alheia. É por aqui, avisa o fotógrafo quase sempre no tempo necessário para se evitar maior constrangimento. Entro. Sento. Começa a conversa. Dez minutinhos no máximo porque temos outras infinitas pautas. Mas o homem desanda a falar. Fala bem. Mas eu corto. Termino logo e saio ainda recebendo os beijos e as lembranças que o tal me responsabiliza a levar ao editor. Esqueço. Vamos pra onde? Pegar B.Ó... Ó... como odeio isso. Estacionamento privativo a viaturas policiais. Mas o motorista estaciona. Conta um causo rápido do porquê age daquela forma e entra. Volta rápido. Missão não cumprida. Depois voltamos. Vocês voltam, eu não! Paramos no Centro. Outra pauta: as compras de última hora. Frustração. Esse ano, o povo se planejou e comprou antes. Como assim? Indago em solidariedade aos comerciantes. Legal, pauta às avessas. Boa! Exclama o chefe contente com a manchete do dia seguinte. Escrevo. Depois de pronta, muda. Entra anúncio. Outro e outro. E eu, e minha amiga e meu amigo e o fotógrafo e todo mundo louco. Minha cabeça dói. Vou até a farmácia, compro uma aspirina, tomo, volto ao computador e escrevo. A mãe de uma vereadora morre. Uma notinha a escrever. Ligo, consigo os dados. Feito. O que mais? Adiantar matéria para o dia 25, minha folga, coisa rara. Escrevo. Dá certo. Tchau, vou embora. Em casa, bate a dúvida: a que horas entrar amanhã? Ligo o computador e o expediente não termina! Chega! Vou dormir, nem que seja com a cabeça apoiada no teclado.

domingo, 20 de dezembro de 2009

Um ano das mais puras sinceridades!

Hoje, faz um ano que o Blog da Sinceridade está no ar. Começou em outro provedor, mas devido a sua imensa sinceridade inicial acabou sendo censurado 'pelas forças ocultas' do jornalismo diário interiorano. Acabou aqui, sem muita coragem para ser tão sincero, afinal, sinceridade demais em tempos de ditadura disfarçada é mais que suicídio, é burrice mesmo.
Com o tempo, creio que esse blog foi tomando forma, foi tomando a minha cara. Primeiro era privativo a convidados e depois escancarou as portas de vez. E quem quiser espiá-lo que fique à vontade. Só não vale tentar censurá-lo de novo!
Bom, como manter um blog nos dia de hoje, em que a gente tem mais coisas a fazer que a pensar, não está fácil, achei que a ocasião de seu primeiro aniversário merecia um layout novo. E aí está! Eu sei que ele merecia mais, mas aos poucos ao longo desse próximo ano vou dar uns retoques a fim de fazê-lo único. E espero que vocês três que o lêem (rsrs) também contribuam para que ele seja único.
Muito obrigado a todos e continuem por aqui!

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Da série: músicas que provocam!

Eis algumas músicas que me afrontam...

Diz que fui por aí (Fernanda Takai)

"Se alguém perguntar por mim
Diz qu'eu fui por aí
Levando o violão
Debaixo do braço
Em qualquer esquina eu paro
Em qualquer botequim eu entro
Se houver motivo
É mais um samba qu'eu faço
E se quiserem saber se volto
Diga que sim
Mas só depois que a saudade se afastar de mim
Mas só depois que a saudade se afastar de mim

Tenho um violão
Pra me acompanhar
Tenho muitos amigos,
Eu sou popular
Tenho a madrugada
Como companheira
A saudade me dói
No meu peito me rói
Eu estou na cidade, estou na favela
Eu estou por aí
Sempre pensando nela"
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A Flor (Los Hermanos)

"Ouvi dizer
do teu olhar ao ver a flor
Não sei por que
achou ser de um outro rapaz
Foi capaz de se entregar
Eu fiz de tudo pra ganhar você pra mim
Mas mesmo assim...
Minha flor serviu pra que você
achasse alguém
Um outro alguém que me tomou o seu amor
E eu fiz de tudo pra você perceber
Que era eu...
Tua flor me deu alguém pra amar
E quanto a mim?
Você assim e eu, por final sem meu lugar
E eu tive tudo sem saber quem era eu...
Eu que nunca amei a ninguém
Pude, então, enfim, amar... vai!"
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Assim Será (Los Hermanos)

"Assim que quer, assim será, eu vou pra não voltar

Toma este anel, que é pra anular o céu, o sol e o mar
Eu não queria ir assim
Tão triste, triste...
Vem dizer adeus ao que restou de quem um dia foi feliz.

Há de encontrar um encantador, um novo ou velho amor
Vai te levar leve a vagar prum lar de fina-flor
e você vai ser mais feliz longe de mim, por isso eu vou.
Mas não me peça pra amar outra mulher que não você.
Vou mas não me peça pra amar outra mulher que não

Sei que seu féu fenecerá em nome de nós dois,
Chuva do céu se encerrará pra ver nosso depois
Como vai ser ruim demais
Olhar o tempo ir sem ver
os seus abraços, seu sorriso ou suas rimas de amor."
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Dias (Dado Villa-Lobos)


"Dias fora do páreo meio atirado pela janela

Longas horas de versos meia tijela em grãos de poeira
Certos dias têm cara de vida inteira

Não sei se é do vinho ou da vida

Quando fico assim

Outra madrugada perdida

Procurando você

Procurando por mim


Dias me distraindo, sobrevivendo ao medo da solidão
Já parei de fumar, parar de trair tô prometendo mas,
Quem tem dentes um dia acaba mordendo...

Não sei se é do vinho ou da vida
Quando fico assim
Outra madrugada perdida
Procurando você

Não sei nem se ainda estou

Na minha avenida

Não sei nem estou mais na minha
Nem na sua...

Marvin Gaye me consola, governos me esfolam

Mulheres me desgovernam

E outras coisas que rolam, por vários motivos

Não comentaremos

Dívidas e pecados não tenho pequenos...


Eu sem você, você sem mim
Eu sem você, eu sem nós dois

Na madrugada sem companhia"
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Ainda Bem (Vanessa da Mata)
 
"Ainda Bem

Que você vive comigo
Porque senão
Como seria esta vida?
Sei lá, sei lá

Nos dias frios
Em que nós estamos juntos
Nos abraçamos sob o nosso conforto
De amar, de amar

Se há dores tudo fica mais fácil
Seu rosto silencia e faz parar
As flores que me manda são fato
Do nosso cuidado e entrega


Meus beijos sem os seus não dariam
os dias chegariam sem paixão
Meu corpo sem o seu uma parte
Seria o acaso e não sorte

Neste mundo de tantos anos
Entre tantos outros
Que sorte a nossa heim?
Entre tantas paixões
Esse encontro nós dois
Esse amor

Entre tantos outros
Entre tantos séculos
Que sorte a nossa heim?
Entre tantas paixões
Esse encontro nós dois esse amor

Entre tantas paixões
Esse encontro nós dois esse amor."