terça-feira, 29 de setembro de 2009

Não leia este post: total perda de tempo!

Não pude deixar de assistir e rir muito de um vídeo que circula na internet e que, até esse momento, já foi visto por mais de 1,6 milhão de curiosos, do piti de uma mulher a altas horas da noite com um sujeito chamado Pedro, no Rio de Janeiro.
Aos berros, a dita cuja, que não foi identificada, exigia que o mesmo lhe entregasse o chipe de seu telefone celular.
No vídeo, fica comprovada minha tese de que todo mundo quer mesmo é ver o barraco desabar, o circo pegar fogo e todas as demais metáforas utilizadas para descrever o "quanto pior melhor". O autor da filmagem, por diversas vezes, comentava sobre o escândalo e ria baixinho, mexendo com a surtada vez ou outra por meio de um assobiozinho sacana.
Por outro lado, é incrível como as pessoas perderam o senso de reserva e do ridículo. A tal mulher sequer cogitou a ideia de tomar uma atitude mais racional que a de simplesmente berrar, deixando seu problema e seu pulmão invadirem a casa alheia, não se importando com as horas nem com os ouvidos daqueles que pouco ou nada têm a ver com seu mundo.
Aliás, a tia (com todo o respeito às titias), ao sentir o protesto de uma ou outra voz vindo das casas adjacentes, disparou uma artilharia pesada de palavras chulas ao invés de se conter e, consequentemente, pedir desculpas. Enfim, seria trágico se não fosse cômico, o que despertou inclusive a criatividade (ou a mais completa falta dela) de funkeiros. Se eu morasse em qualquer outro país, juraria que esse funk, intitulado "Pedro, me dá meu chipe" nunca apareceria na TV, mas como vivemos numa sociedade onde o mais bizarro sempre tem preferência... preparem-se para ver a baixaria remixada. Aliás, os remixes não param de se multiplicar.
Parece que cada funkeiro resolveu fazer um funk diferente com o surto da pobre coitada, que já se tornou celebridade e logo logo deverá estar dando entrevistas do porquê do barraco em programas do tipo Sônio Abrão e Ana Maria Braga.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Corra que o pedreiro vem aí 3.250 e um terço


Obras... são horríveis, mas necessárias! O pior é fazer papel de bobo já sabendo que seria assim quando se contratou o pedreiro. Aliás, tem categoria mais inconveniente do que a de pedreiro e seus ajudantes? Tá certo, tem alguns que são melhores que outros, mas em geral, é a mesma coisa: enrolação e muita perturbação.

Decidi substituir toda a grama do meu quintal por um piso antiderrapante. Ah chega! Só gosta de grama quem nunca a teve. O trabalho é imenso. Na época de chuvas intensas, ela cresce muito e desordenadamente. Então, após muitas trombas d´água que encheram meu quintal, decretei o fim da era verde no fundo da minha casa.

Chamei um pedreiro que conhece o serviço, pois já fez inúmeros trabalhos nas casas vizinhas aqui do meu condomínio. O valor orçado pelo dito cujo: R$ 1.800 para trabalhar uma área de 40 metros quadrados. Não, sem chance, não tenho todo esse dinheiro, ainda mais desempregado. Um mês depois chamei outro pedreiro para um orçamento: o seo Zé Antônio, que andava pelo condomínio panfletando seus serviços.

- Faço pro senhor R$ 1.300. O senhor me dá metade quando eu acabar o contrapiso e o restante no final da obra.

- E quanto mais ou menos eu vou gastar com material?

- Ah, mais ou menos uns R$ 600.

- Com tudo incluído?

- Tudo.

- Pô, então pode vir.
- O senhor pode mandar vir esses materiais já na semana que vem, que é o básico. Depois a gente compra o resto.

A primeira compra me saiu R$ 770.

- Tudo isso? Num sabia que a areia tinha subido... Lamentou seo Zé.

Após a retirada de toda a grama, uma chuva de quase dois dias transformou meu quintal em um chiqueiro. Só faltaram os porcos.
Toc-toc-toc.

Era o seo Zé, às 8h30 do terceiro dia de obra, batendo na porta da cozinha para pedir que eu ligasse para o rapaz da betoneira (máquina que mistura os ingredientes do concreto).

- Mas eu?
- É, pede pra ele trazer a betoneira amanhã às 8h.

- Não seria melhor o senhor mesmo falar com ele?

- Não, fala o senhor mesmo.

Tirando o fato de eu estar superatrasado ao ponto de não conseguir tomar sequer meu café da manhã, atendi ao pedido.

- Por favor, eu queria pedir a betoneira amanhã, aqui na obra do condomínio tal, na casa tal...

- É pra obra do seo Zé?

- O nome dele é Zé, mas eu não sei se é o mesmo.

- Mas e se chover amanhã?

- Olha companheiro, eu não sei. Só estou pedindo a betoneira porque ele pediu pra que eu pedisse.

- Faz o seguinte: eu não tenho caneta aqui agora comigo. É pro seo Zé, né? Então fala pra ele que depois eu ligo no celular dele.

Finalizado o primeiro drama, a concretagem foi feita. O problema é que nunca as coisas numa obra saem como o planejado.

- O senhor não vai rebocar o muro?

- Minha intenção é essa, mas não agora.

- É que se o senhor puser o piso sem rebocar o muro, quando for rebocar vai acabar perdendo o piso.

- E quanto me sairia mais esse serviço?

- Faço pro senhor por R$ 600.

- Ai meu Deus... então faz. Quais os materiais?

- Eu deixo a lista pro senhor e aproveito e deixo também a lista com os outros materiais pra assentar o piso.

A lista para o reboque do muro ficou em cerca de R$ 140 e a do assentamento ficou em R$ 350. Junto com a caçamba de entulhos, alugada por R$ 90 a cada dez dias, a obra, por enquanto, está saindo pela bagatela de R$ 3.250, isto é, se a chuva não aparecer para estragar o reboque ou o assentamento do piso.

- Bem se vê que você é marinheiro de primeira viagem. Todo mundo sabe que quando o pedreiro fala um valor, você tem que acrescentar pelo menos uns 10% de imediato e nunca acreditar que só vai ser aquilo, destacou Janice, uma amiga minha aqui do condomínio. Ah... mas eu aprendo!

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Saudosismo alimentar


De repente, me senti um velho, ao exclamar em casa: ah que saudades dos tempos em que guaraná era guaraná, coca (cola) era coca (cola), fanta era, no máximo, uva ou laranja e toddy era apenas um achocolatado em pó que concorria com o nescau.


Mas, entendamos o drama.


Carrefour - 20h

Pão, milho verde cozido no vapor, purê de batatas instantâneo e... um refrigerante, com certeza. Está certo, hoje não é dia especial, nem feriado, nem sábado, nem domingo, mas me deu uma vontade irresistível de comer cachorro-quente em casa e eu me permiti tal extravagância. Na hora de escolher o refrigerante, um dilema: uma coca-cola ou um guaraná? Pelo amor de Deus, eu me proíbo de tomar os similares zero ou light. Sou da opinião que vale mais a pena você encarar as calorias a comer sem ter comido. Se vai comer, seja lá o que for, faça a coisa certa. Feijoada é completa, nada de light. Você pode até não pôr no prato os miúdos e os graúdos do pobre porco que se encontra em pedaços na panela, mas pelo menos vai saborear o gosto da danada da feijoada por completo.

A mesma coisa acontece na hora do cachorro-quente: completo. E o refri tem que acompanhar. Mas, como quando a gente passa a casa dos trinta a gente fica um tanto quanto preocupado com o peso, entre a coca e o guaraná, optei pelo segundo.

Mesa posta, cachorro-quente feito, copo cheio, dentada dada, é hora de mergulhar a língua na deliciosa bebida borbulhante e gelada. Olho para o rótulo minutos antes de descer o copo goela abaixo e aprecio: Ice. Ice quer dizer gelado e eu adoro bebidas geladas, principalmente guaraná.

Dois goles bem dados... ahhhh, esbaforo. Dois, três segundos depois sinto uma refrescância vindo do esôfago, como se eu tivesse acabado de beber um halls.

Volto o olhar para o rótulo, observo letrinhas miúdas dispersas e mescladas com a imagem que dizem: guaraná com aroma de menta.

Posso garantir que uma das coisas que eu mais odeio é menta e seus derivados. É quase uma alergia tamanha é a ojeriza que tenho por balas e chicletes refrescantes. Frustração total. Será que o gênio que inventou de misturar halls com guaraná está satisfeito? O cara acabou com a minha noite e a minha suruba alimentícia! Acabei o lanche com um copo de suco de maracujá... ahhh, como eram bons aqueles tempos em que guaraná tinha gosto de guaraná e fanta era uva ou laranja... tínhamos gordura trans, mas éramos felizes...

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Nem tão curto, nem tão grosso


Descanse Patrick, descanse!
Bom, já que nenhum dos sites de humor deu importância para a piada pronta que foi a morte de Patrick Swayze, faço eu mesmo a vez: tomara que dessa vez ele fique por lá e não volte 'do outro lado da vida' para pegar a Demi Moore. Está mais do que na hora de ele se conformar. Patrick, você morreu! E agora é sério!

Caí no golpe, dá pra acreditar?
Antes de hoje, eu não acreditava que havia gente tão lorpa nessa vida ao ponto de se deixar enganar por golpes do tipo 'bilhete de loteria premiado' ou 'carro com preço de ocasião'. Mas tenho que dar o braço a torcer: acabei de ser enganado por um racker miserável, f*%#¨*(&%$, maldito, corno d´uma figa, desinfeliz, que criou uma página clone de um banco do qual sou correntista. Na tela inicial, pediam que eu digitasse todos os códigos de segurança de que eu dispunha para liberar o acesso. Como fazia tempo que eu não acessava essa conta, digitei. Ao ver que, mesmo depois de digitado, não conseguia entrar na conta, constatei que se tratava de site clone. Ao entrar no site verdadeiro, lá estava, estampado bem grande pra qualquer idiota ver: em hipótese alguma pedimos que digitem todos os números de segurança. Se você (um imbecil) digitou, entre em contato com nossa central (além de se plantar num imenso xaxim). Ah se eu pego um corno desse!
PS: nada contra os cornos!

Ainda não... tá quase!
Semana passada tive que recusar uma oferta de trabalho. O celular tocou e do outro lado da linha, meu ex-chefe Edu Cerioni, me chamava para voltar à agitação do Bom Dia. Na hora, a empolgação foi tão grande que não pensei sequer meia vez e aceitei. A ficha só caiu quando voltei a enfiar a cara nos livros. Estou no meu último mês de preparação para o concurso público de oficial de justiça, cujas provas serão no dia 11 de outubro. Por conta disso, tive que ligar reconsiderando minha decisão, embora minha vontade de rever meus amigos de imprensa seja enorme. Bom, reta final é reta final e eu não podia ter aberto mão de suar em cima dos livros até o último segundo, né? Um de meus princípios que mais levo a sério é o de dar o melhor de mim em qualquer ocasião. Se vou vencer ou perder não importa. O que vale é saber que fiz o melhor que podia. E disso eu sei que não vou me arrepender!

Meu Peugeot... meu filho
E a exemplo da minha amiga Paula, tive que desembolsar uma boa grana no começo dessa semana por conta do meu carro. Conselho para a Paulinha e para todos os amantes de Peugeot: quando a luz da bateria do painel acender, não significa que está na hora de trocar a bateria. Ao invés disso, corram para uma oficina elétrica pois o alternador, peça do carro responsável por recarregar a bateria enquanto o automóvel se encontra em movimento, está em pane. Segundo o eletricista que me atendeu (pessoa da mais alta confiança), muitas vezes, o alternador começa a ser consumido pelo carro ao ponto de ter que trocá-lo por completo, como foi o meu caso. Como o câncer, o diagnóstico precoce é a chave para se gastar menos, em torno de uns R$ 150. Na fase terminal, a brincadeira sai por R$ 350 só a peça. Ai meu bolso!

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Ano cármico


"Sua forte determinação e grande auto confiança determinam o andamento deste mês. Você atrai bons acontecimentos, leva adiante seus projetos e tem coragem de encarar oportunidades. Os negócios são expandidos e você recebe reconhecimento de seus superiores e de seus parceiros de trabalho. No amor, clima intenso e favorável."


As palavras acima foram extraídas do maldito spam de Aparecida Liberato (sim, a irmãzinha de Gugu), que eu ainda insisto em abrir, fazer o também maldito cálculo de: dia de nascimento + mês de nascimento + ano do último aniversário, somar os algarismos reduzindo-os a um único dígito e então verificar as besteiras generalizadas que a numerologia (leia-se Cidinha) diz sobre minha energia para o mês de setembro.
Eu juro que não acredito nessas coisas, mas que elas acertam uma porção de coisas, ah isso acertam. O maior exemplo veio para mim no início do ano, enquanto eu ainda estava na loucura do jornalismo diário. Era março e eu mais uma vez caí na besteira de fazer a continha e ler: "o fim de um ciclo se aproxima e, com isso, o término de alguns de seus planos, e patati-patatá blá-blá-blá".
Pelo fato de aquelas palavras nada sugerirem ou pouco significarem para mim naquele momento, não resisti à tentação de acrescentar um algarismo a mais na conta, ou seja, ao invés de somar 2008, somei 2009, devido à proximidade do meu aniversário. O resultado não podia ter sido pior: "prepare-se para o início do próximo ciclo. Ano cármico".
Humm... e quem é que acredita nessas coisas? Eu que não! Pensei tentando me convencer. Não sei se esses números fizeram alguma coisa comigo dali pra frente, mas o fato é que depois do meu aniversário fui dispensado do jornal em que trabalhava; fui preterido à vaga num outro processo seletivo de um outro jornal; ridicularizado com uma oferta de emprego na qual tive vontade de socar a pessoa que me sinalizava com 500 "reaus" mensais por uma tarefa que exigiria no mínimo 2 mil; reprovei num concurso federal; perdi uma amizade para sempre e descobri que muitos amigos não eram afinal de contas tão amigos assim.
Já ouvi muitos numerólogos aconselharem as pessoas, nesses programecos vespertinos que dão uma enorme audiência na TV aberta, a acrescentarem uma letra "b" ao número de suas casas ou então a seus nomes para melhorar a energia, vide Sandra "de" Sá, que talvez seja o caso mais famoso de que tenho conhecimento.
Mas num ano cármico como o que a Cidinha decretou pra mim (e olha que nunca fiz nada de mal pra ela), o que se faz? Mudo meu nome para Gustavo Beraldy? Ou começo a carregar uma letra "b" feita de isopor ou papelão comigo para todo lugar que eu for? Quem me socorre numa hora dessa? Só se eu for no programa da Sonia Abrão (aquela dos zóinhos esprimidos) e armar um imenso barraco acusando a Cidinha de ter me jogado olho gordo. Mas aí era capaz de eu ser chamado para o Big Brother 10, o que seria péssimo!
Não sei se realmente estou passando por um ano cármico, mas estou fazendo tudo o que está ao meu alcance para sobreviver a esse "novo ciclo". Tanto que já estou até falando como a Cidinha, rsrs. E se nesse momento eu pudesse (mas não posso) dar um único conselho a todos vocês, diria: não abram spans, eles são spans justamente para que ninguém os abra, muito menos os da Cidinha! Maldita Cidinha!

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Mais do mesmo

Today´s independent day, yeah, today is september 7th, day that everybody forget bad things, poor stuffs and everythings all...

Eu sei o quanto é chato fazer plantão em redação de jornal num 7 de setembro, ter que conversar com autoridades (com o único propósito de promovê-las) e narrar a passagem de batalhões, cães adestrados e carros antigos. É um saco mesmo. Mas tenho que confessar que hoje, ao acordar, senti saudade dessa missão, a qual desempenhei por quatro anos seguidos em Jundiaí.

Apesar dos pesares, era bom rever os amigos de imprensa e fazer de conta que o Brasil e a cidade eram os lugares mais perfeitos do mundo, mesmo que somente durante aquelas poucas horas de desfile na avenida 9 de Julho.

Então, como não consigo deixar a profissão que escolhi esquecida num canto qualquer como bem quis o tal ministro pouco esclarecido, assisti pela TV aos desfiles do Rio de Janeiro e de Brasília. No Rio até o Bope desfilou encantando as pessoas que enfrentavam o sol na cara. Pena que capitão Nascimento não veio à frente da tropa!

Em Brasília, o que mais fez falta foi a Gangue do Planalto, que ultimamente vem protagonizando as manchetes noticiosas de todo o Brasil. Bem que poderiam ter desfilado Sarney à frente, com seu vistoso e sacana bigode e atrás sua tropa de choque, aliados que não o deixam cair. Nesse instante, a narradora do desfile diria: "Desfilando nesse momento a Gangue do Planalto, especializada em operações especiais e atos secretos de desvios de verbas e uso de cartões corporativos". Putz, seria o desfile mais verdadeiro que eu haveria de assistir.

Mas ao contrário disso, mais do mesmo! De sincero mesmo, só os cães da Polícia Militar.
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Foto: Não, não é o Sarney disfarçado comandando a Gangue do Planalto!

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Discutir a relação, o mal do século!

Bem que essa cena podia ter sido retirada de uma novela!

E depois dizem que são os macacos nossos parentes próximos...