segunda-feira, 27 de abril de 2009

De volta ao mundo real



É incrível como a gente se surpreende com as pessoas a cada instante. Às vezes, a questão tempo é decisiva para revelar aquilo que não conseguíamos enxergar no instante. Graças ao bom Deus, o tempo existe. E é revelador.


O jeito agora é não se deixar mais enganar pelas aparências... hummm, parece fácil falando, mas é bem difícil quando se pretende ser feliz. Aliás, se tem algo mais cegante é a paixão. A gente acaba achando lindo um ponto-e-vírgula e acaba desprezando um de exclamação.


Quê isso? Será que Deus não previu o estrago que ele ia causar colocando uma coisa dessa na Terra?


Será que Ele não previu que a paixão seria a desgraça do ser humano?


Não, acho que não.


Sabe por quê?


Porque muito provavelmente Ele devia estar apaixonado pelas suas mais novas criaturas: os seres humanos! Ahhhh só pode!


Mas acho que no fundo, Ele deve ter feito de caso pensado, justamente para nos dar a referência do bom e do ruim. Para termos a sensação do quanto é bom se apaixonar e do quão mais bom é sair da paixão e voltar a enxergar.


Obrigado meu Deus, por ter me feito ver!
Abaixo, a primeira parte de uma antiga música de minha autoria, composta ao violão e que diz tudo o que sinto agora.
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Velho Mundo Real
(Gustavo Beraldi)
Nos meus sonhos eu não sinto dor e só te tenho amor
Te beijo da cabeça aos pés e adormeço no seu colo
Que é a minha salvação da dura realidade

Não acredito em sorte mas aposto alto nessa chance
Que terei de ser feliz ao me entregar a esse amor
Do qual sempre fugimos por não conhecermos no seu íntimo

Abro os olhos e não vejo o teu sorriso genial
Persigo o sono novamente mas agora só te encontro
Neste triste e infeliz, no velho mundo real

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Surpreso...

Foram três dias, mas poderiam ter sido 30.


Essa é a sensação que eu tive ao sair do jornal, às 21h50, nesta sexta-feira, esgotado por estar a quase 12 horas em contínua concentração em entrevistados, fotografias, transporte e horário.


Chega... nos próximos dois dias pretendo ficar inerte, jogando conversa fora e absorvendo o máximo que puder de ignorâncias televisivas (rsrs).


Ainda mais depois de quinta-feira última, quando numa conversa um pouco mais íntima com um amigo de redação, que senta ao meu lado, fiquei sabendo de coisas que me deixaram perplexo, para não dizer zonzo... nossa, como as coisas são!


Mas, apesar do espanto, fiquei feliz por saber das "novidades" no front oposto.


Bom, acho que o meu tempo está se esgotando e, em breve, terei boas novas para narrar neste blog e, se Deus quiser, voltarei a viver!


PS: putz, mil vezes putz.... pelo que fiquei sabendo!

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Sou o meu líder


A Montanha Mágica
(Legião Urbana)

Sou meu próprio líder: ando em círculos
Me equilibro entre dias e noites
Minha vida toda espera algo de mim
Meio-sorriso, meia-lua, toda tarde

Minha papoula da Índia
Minha flor da Tailândia
És o que tenho de suave
E me fazes tão mal

Ficou logo o que tinha ido embora
Estou só um pouco cansado
Não sei se isto termina logo

Meu joelho dói
E não há nada a fazer agora

Para que servem os anjos?
A felicidade mora aqui comigo
Até segunda ordem
Um outro agora vive minha vida
Sei o que ele sonha, pensa e sente

Não é coicidência a minha indiferença
Sou uma cópia do que faço
O que temos é o que nos resta
E estamos querendo demais
Minha papoula da Índia
Minha flor da Tailândia
És o que tenho de suave
E me fazes tão mal

Existe um descontrole, que corrompe e cresce
Pode até ser, mas estou pronto para mais uma
O que é que desvirtua e ensina?
O que fizemos de nossas próprias vidas

O mecanismo da amizade,
A matemática dos amantes
Agora só artesanato
O resto são escombros

Mas, é claro que não vamos lhe fazer mal
Nem é por isso que estamos aqui
Cada criança com seu próprio canivete
Cada líder com seu próprio 38
Minha papoula da Índia
Minha flor da Tailândia
Chega, vou mudar a minha vida

Deixa o copo encher até a borda
Que eu quero um dia de sol
Num copo d'água
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Trabalhosa vida
(Gustavo Beraldi)
O trabalho tem sido a minha vida
Tem me entorpecido
Acolheu-me e agora me afoga
A vida não é só bela
Nem é feita de sonhos
Nem é feita de sonos
Mas, tampouco é suor incessante
Tampouco furor massacrante
A vida é mais que isso
Pode não ser tanto
Mas também não é tão
A vida é um círculo doido
Que afunila quando queremos parar de girar
Que estreita no final
E só se abre no meio
Quando já não há o que fazer
A não ser continuar
A vida é viciante
Um jogo de sedução
Repete-se ao meio-dia
E se inquieta à meia-noite
A vida é
Não era
Está sendo
Não será
Sorria para vida
Enquanto se pode sorrir
Chore a vida
Porque bom mesmo
Não há
Apenas há vida
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Antes de terminar esse post, gostaria de agradecer a todos os parabéns que me desejaram no último dia 11 de abril, dia em que minhas células ficaram um ano mais velhinhas (rsrs). Pena que eu estava de plantão no jornal e não pude comemorar de forma mais intensa e divertida, mas fazer o que, né? A vida é assim... rsrs

sexta-feira, 10 de abril de 2009

É preciso amar, só amar!


Há tempos venho ensaiando como falar em religião sem ofender aqueles que curtem essa balada perigosa. E vi que o único jeito seria falando na lata!

Bom, daqui para frente, o leitor que for adepto dessa droga pesada, por favor, evite aborrecimentos e não siga em frente neste texto, que para você, será maldito, ok?

Antes de tudo, não me venham dizer que não sei o que digo, ou coisas do tipo: "nossa, você não acredita em Deus?".

Conheço bem discursos como esse e, mais que isso, conheço bem pelo menos duas das maiores religiões do Brasil: a evangélica e a católica e afirmo: as duas têm seus prós e seus muitos contras. E por essa razão, preferi seguir apenas minha filosofia de vida, claro, baseada no mais belo princípio cristão: amai ao próximo como a ti mesmo!

Sempre digo que religião nada mais é que o divino humanizado.

Quê?

É... o divino, aquilo que transcende da condição humana, disposto em regras.

E é aí que mora o perigo... e a sujeira.

Resumidamente, todas as liturgias e as regras estabelecidas pela igreja são afirmadas por meio de passagens bíblicas. Mas, vejamos alguns pontos curiosos dessa linha de raciocínio.

A Bíblia: livro escrito há muito mais que 2009 anos. Provavelmente, há mais de 5 mil anos.

Autores: basicamente, a Bíblia é um compilado de textos escritos por diversos homens (e talvez uma ou outra mulher, que teve que se esconder atrás de um pseudônimo masculino), que viveram em diferentes épocas.

Idioma: há de tudo.

Versões: quase sempre romantizadas devido ao longo intervalo de tempo entre o fato acontecido e a narrativa posta no papel (?)

Quer dizer... temos um livro escrito há muitos e muitos anos, por autores diversos, que puseram suas visões romantizadas sobre o que ouviu-se falar em um dado momento. Depois, de acordo com o interesse de cada tempo e de cada imperador e de cada papa, foi reescrito. Para depois receber tradução de uma língua para a outra e assim sucessivamente incorrendo em erros de significado, haja vista que é impossível traduzir um idioma para o outro exatamente como é.

Finalmente, depois de tudo isso, alguém traduziu para o português e a Bíblia chegou até você, que a carrega embaixo do braço para a missa ou para o culto. E lá, ouve um padre ou um pastor interpretar aquelas palavras escritas segundo a doutrina da religião.

Vale ressaltar, que as dissidências religiosas, do tipo evangélicos: quadrangular, batista, etc. Assim como do tipo católicos: carismáticos, ortodoxos, etc. Tem divergências em relação a muitas condutas, também fruto de interpretações diferentes da Bíblia.

E em meio a tudo isso, alguém chega para você e diz: é assim porque está na Bíblia.

Por isso, vou morrer dizendo: a Bíblia é um livro fantástico, que deve ser utilizado como inspiração para a construção de sua filosofia de vida, não como verdade absoluta. Porque eu vos digo, fanáticos religiosos, ela não o é.

E antes que alguém me mande as sete pragas do Egito, vou me despedindo e lembrando que ninguém precisa de religião se entender o real sentido de: amai ao próximo como a ti mesmo!

sábado, 4 de abril de 2009

É chegada a hora


Estou prestes a, mais uma vez, mudar minha vida, pô-la de cabeça para cima... para cima mesmo, porque até hoje, só sinto que estive com ela atravessada na garganta, entalada feito um nó, de ponta cabeça mesmo.
Não sei onde errei.
Mas decidi consertá-la.
Antes que seja tarde.
E cedo é que não está.

É fácil reparar nos erros alheios, o difícil é reconhecermos nossa própria incompetência para nos fazermos mais felizes do que somos. Porque eu acredito sim, que somos felizes, bem lá no fundo, todo ser humano é feliz. O problema é que é no fundo mesmo, lá onde mora o comodismo.
Grandes são os pequenos.
Pequenos só são os que não se reconhecem.
Reconhecer a pequenez.
É um passo grande.
É chegada a hora de deixar tudo o que juntei na sacola. E prepará-la para novas coisas que virão. Porque só assim se pode receber o que de novo a vida traz. E o que virá? Não sei. Dá medo? Dá, e muito. Mas aí também é bom, porque desperta a pele, ouriça o olfato, aguça a visão e entumece o paladar. Vem que estou pronto para receber o que o universo está louco para me dar. Dessa vez, saberei recebei. Ah se saberei!


...


"Só sei que nada sei"
(Sócrates - 470 a.C. - 399 a.C.)