sábado, 28 de março de 2009

Esperando por você!


Esperando por mim
(Legião Urbana)

Acho que você não percebeu
Que o meu sorriso era sincero
Sou tão cínico às vezes
O tempo todo
Estou tentando me defender

Digam o que disserem
O mal do século é a solidão
Cada um de nós imerso em sua própria arrogância
Esperando por um pouco de afeição

Hoje não estava nada bem
Mas a tempestade me distrai
Gosto dos pingos de chuva
Dos relâmpagos e dos trovões

Hoje à tarde foi um dia bom
Saí prá caminhar com meu pai
Conversamos sobre coisas da vida
E tivemos um momento de paz

É de noite que tudo faz sentido
No silêncio eu não ouço meus gritos

E o que disserem
Meu pai sempre esteve esperando por mim

E o que disserem
Minha mãe sempre esteve esperando por mim

E o que disserem
Meus verdadeiros amigos sempre esperaram por mim

E o que disserem
Agora meu filho espera por mim

Estamos vivendo
E o que disserem os nossos dias serão para sempre.
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Hoje foi um dia especial pra mim. Após quase quatro meses, revi meu primo Leonardo.

Sem jeito, ele me fitou com olhos de renascido e estralou um sorriso. Um sorriso que me comoveu. Eu sei que não basta muito para me causar comoção, mas aquele momento tinha realmente seu algo especial.

Léo e eu sempre fomos muito unidos, desde crianças. Irmãos por vocação. Ele foi meu primeiro primo (redundância rs) homem e meu primeiro adversário.

Ariano que só ele, vivíamos às turras desde muito cedo, competindo, disputando cada ponto que a vida nos colocava pela frente. Ok, hoje não queremos brigar? Então fiquemos no mesmo time, no mesmo lado. E assim era.

Mas chegou um momento de nossas vidas, que nossos planos, nossos caminhos seguiram opções diferentes e o Léo deixou de ser meu maior adversário.

Era triste vê-lo vagar pela vida sem pertencer a esse mundo. Sem ter forças para competir.

Mas hoje à tarde, o Léo estava de volta. Meio atordoado, é verdade, mas com um sorriso na cara que me dizia: se prepare! Pois estou de volta. E vou ganhar de você!

Nos cumprimentamos - não com aquele simples toque besta de mano, mas com um longo e saudoso abraço - e preparamos o churrasco juntos.

Léo está volta sim, mas sinto que não perderei nada... Sinto que já ganhamos.
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Foto: Léo e Eu, em 198... jogando super trunfo. Como sempre, brigando para ver quem ganhava.

sábado, 21 de março de 2009

Adrenalina ao telefone


Tudo preparado: gravador ligado, telefone encostado no microfone do gravador e, na extensão... um repórter que, embora já carregue nas costas, mais de 4 anos de entrevistas (muitas malucas e sem noção) treme por dentro e por fora.

Era chegada a hora. A hora de entrevistar, pela primeira vez, um cara que eu tenho orgulho de dizer que sou fã.

Disco os números de seu celular pessoal. Será que é mesmo o celular dele?

Era.

Uma voz meio sonolenta atendeu:


- Alô!

*#&% que pariu... é ele mesmo! Pensei nervoso, mas atento à primeira pergunta.

- Maurício?

- Sim.

- Aqui quem fala é o Gustavo, do Planeta Arens, de Jundiaí...

- Ah... olá Gustavo... tudo bem com você?

Putz... que pergunta... é lógico que não estava nada bem comigo. Eu tremia como vara verde. E eu odeio me sentir assim (aliás, só me sinto assim quando começo a me apaixonar por alguém rsrs).

- Tudo bem... não sei se seu assessor te avisou, mas liguei para uma entrevista.
- Ah sim... você me dá 5 minutos? Eu estou num lugar barulhento e vou procurar outro, ok?

- Tudo bem, daqui 5 minutos te ligo novamente.

Desliguei... uffa... que nervoso. Melhor eu respirar e assentar a cabeça.

Será que já deu 5 minutos? Não... ainda não, ou já? E agora? E se eu ligar e ele ainda não estiver pronto? Não vou aguentar ter servido de incômodo pra ele de novo. O cara vai me achar um chato! Bom, mas eu sou jornalista e tenho que seguir em frente. Contei 10 minutos pra me cercar e mandei brasa...

Uma voz bem diferente da primeira atendeu... a sonolência havia cedido lugar a um bom-humor.

- Alô!
- Maurício?
- Ah... oi... é o Gustavo?
- Sim, sou eu Maurício, você já pode falar?

- Claro... pode falar.

- Primeiramente eu gostaria de dizer que sou seu fã desde muito pequenininho e que até hoje coleciono seus gibis. E também parabenizá-lo pelos 50 anos de Turma da Mônica.

- Ah, muito obrigado.

E a entrevista começou, caminhou superbem e chegou ao seu final.

- Muito obrigado Maurício, por ter me dado essa entrevista e espero não ter tomado muito seu tempo.

- Claro que não... você fez ótimas perguntas, bem centradas ao tema... foi um prazer!

Essa foi a minha glória... meu ídolo, Maurício de Sousa, me elogiando como jornalista!

Desliguei o telefone e conferi a gravação: tudo certo... áudio excelente e conteúdo melhor ainda. E quem quiser saber o que foi que falamos em quase 30 minutos, não perca a 5ª edição do jornal Planeta Arens, que estará nas melhores bancas da cidade a partir de 20 de abril.


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Foto: Eu e o Maurício na Bienal do Livro de São Paulo, em 2008.

domingo, 15 de março de 2009

E o vento me levou...


E assim, como se o vento fosse forte o sificiente para me deslocar de um lugar a outro, meus dias de jornalismo radiofônico terminaram. Ao todo, foram cerca de 40 dias convivendo com uma equipe de profissionais muito gente boa, daquelas que dá muito vontade de ficar.


Durante esses dias, vivi grandes emoções (plagiando o Rei), situações constrangedoras, desafiadoras e avassaladoras. Além dos amigos da rádio, fiz amigos também na Guarda Municipal, pois fui responsável por trasmitir ao vivo, todos os dias, no final da tarde, boletins sobre a situação do trânsito na cidade. E fiz isso direto da Central de Monitoramento, uma estrutura que disponibiliza 38 câmeras espalhadas pela cidade.


O que fica é a saudade dos novos amigos da GM, entre eles, Marques, Elísio, Penteado, Severo e por aí vai... Os caras sabem tornar o ambiente de trabalho discontraído. Obrigado por tudo pessoal! Vamos nos encontrar muito por aí ainda!


Outra coisa que me deixou emocionado foi ver, no meu primeiro dia como repórter do Bom Dia, em minha caixa de e-mails pessoais, o e-mail do meu ex-chefe, Marco Sápia, dizendo que havia sido muito bom trabalhar comigo naquele curto espaço de tempo. Pra mim também, Marco, foi um prazer fazer parte da programação da Difusora à tarde e ter um chefe tão bacana (pra não dizer pervertido rsrsrs) como você.


Gostaria ainda de deixar um grande abraço para o Caio Marcelo, que se mostrou muito companheiro, para a Roberta Cantoni, que foi quem, praticamente, me pôs lá dentro, para a Evelise, por seu jeitinho supermeigo de atender ao telefone todas as inúmeras vezes que eu ligava para estabelecer o link com a rádio, para a Vânia do RH, que se revelou uma pessoal muito legal e divertida, e um beijão superespecial para a Lívia Zuccaro, minha amiga e companheira das longas-curtas tardes. Sinto e sentirei muito sua falta! Das nossas risadas e nossas atrapalhadas ao vivo... rsrs. Pode ter certeza que você será para sempre muito especial para mim!


É isso... e agora que venham os amigos do Bom Dia!
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Foto: Caio, Eu e Lívia no estúdio principal da Difusora. Um tempo que eu vou levar para sempre comigo!

Hotel Mumu (parte 4) - O juramento final

É óbvio que nenhum vestibular de medicina é compatível com uma noite mal dormida. E ao entrar no campus da faculdade eu já tinha comigo que seria dificílimo vencer todos aqueles concorrentes que se aglomeravam nos corredores.
O Drovetto parou, olhou o movimento e disparou:

- Meu pai, se eu passar nessa porra de vestibular eu prometo fazer um sacrifício!
- O quê?
- É isso mesmo... eu prometo fazer um sacrifício?
- Você tá tão desesperado assim que já tá apelando pra promessas?
- Ah cara, faço qualquer coisa pra entrar. Meu pai já me avisou que não vai pagar cursinho mais pra mim não.
- Então trata de prometer algo bem difícil porque do jeito que estamos... sem dormir e sem comer direito... não sei não. Você ainda tem mais chances do que eu porque o seu curso é bem menos concorrido, mas mesmo assim...
- Meu, então se eu passar prometo voltar a Mogi antes das aulas começarem e passar mais uma noite no Mumu, e dessa vez sozinho!
- Cara, não promete o que não pode cumprir!
- Mas eu cumpro. Se eu passar eu cumpro.

Chovia uma fina garoa. Eu we Drovetto arrumávamos nossas coisas felizes da vida por termos sobrevivido. No total, se bem me lembro, foram três dias sem utilizar o banheiro, os quais, graças a Deus, foram interrompidos nos últimos minutos de nossa estadia naquela espelunca. Encontrei um rapaz que fazia cursinho comigo e tratei de puxar assunto com o único objetivo de pedir o banheiro do quarto reformado dele (um dos melhores que havia no Mumu) por alguns minutos.

O alívio foi grande e eu pude respirar melhor dali para frente.

Mas, voltando à contabilidade. Foram quase três dias sem ir ao banheiro e dois sem sequer tomar banho, pois as condições não nos permitia arriscar. Com o dinheiro que gastamos, incluindo refeições no Mc Donald´s e no restaurante 'bonzinho' do portuga, junto com a estadia e a compra de circulador de ar, lençol, extensão elétrica e corridas de táxi, conseguiríamos ficar num hotel muito melhor que aquele.

O Drovetto não quis almoçar e estralou o sorriso no rosto ao ver seu pai chegando. Um tchau bem mal dado foi o suficiente para ele logo embarcar no carro e sumir na esquina.

Fiquei aguardando meus tios que, pelo fato de terem amigos em Mogi, estariam aproveitando a carona que me dariam de volta para visitá-los.

Meses mais tarde me encontrei com o Drovetto no shopping Paineiras. Havíamos marcado um encontro. Ele foi com a namorada. Na saída, me ofereceu uma carona no seu novo carro, presente do papai por ele ter, de fato, passado no vestibular da UMC. No para-brisa trazeiro do corsinha vinho dele, um colante: Fisioterapia UMC.

- E a promessa? Vai cumprir?
- Vou sim, mas resolvi esperar um pouco... pra me acertar direitinho na cidade.
- Olha lá hein... promessa é dívida! Brinquei.

Dois anos se passaram e um dia eu o encontro no Maxi Shopping. Dessa vez eu estava com minha namorada e ele só. Eu havia ingressado em jornalismo na Unesp e estava de férias em Jundiaí.

- Já se formou?
- Estou no último ano. E está muito difícil... meu, tô com medo de não passar.
- Já pagou a promessa?
- Que promessa?
- A de você voltar ao Mumu.
- Nossa... nem me lembrava mais disso... putz, nem fui mais lá.
- Cuidado, que você pode estar tendo dificuldades para se formar por causa disso.
- Ah meu, eu que não vou voltar naquela *&%# de hotel.
- Se não for, o Mumu vai ficar te chamando nos seus pesadelos.

Nos despedimos e desde então nunca mais o vi.
Fiquei sabendo apenas que ele enlouqueceu e hoje faz tratamento psiquiátrico em Mogi das Cruzes. Pasmem: seu psiquiatra é parecido com o Mussum e todos o chamam de Mumu...

Coisas além da imaginação!

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O último parágrafo é ficção... o Drovetto deve estar bem hoje em dia. Pelo menos acho que deve! Rsrsrs.

domingo, 8 de março de 2009

Hotel Mumu (parte 3) - Duro de aguentar!



- Nossa, cara! Quê é isso? Uma cama de cimento?

Sim, estávamos diante de um novo quarto. Maior e aparentemente melhor que o primeiro. Aparentemente, pois o cheiro de mofo continuava intenso. A diferença era que, dessa vez, a cama estava feita (e possuía um colchão grosso) e, em cima dela, dois cobertores dobrados à moda de hotéis cinco estrelas, assim como as toalhas de banho se encontravam devidamente embaladas em sacos plásticos.

Ao lado direito da cama havia uma porta que, teoricamente, era a do banheiro.

- Cara, que banheiro sinistro! Exclamou Drovetto antes que eu pudesse verificar com os meus próprios olhos.

Um vaso sanitário encardido, amarelado pelo tempo, um chuveiro igual a qualquer um, exceto pelo fato do mesmo não sair água e uma janela que dava para lugar algum. Era a janela mais horrível que já havia visto. Pequena e inútil. Escura. Você abria e tinha a sensação de que dela sairiam milhões de morcegos e olhinhos daqueles que aparecem nos desenhos animados.

Após constatarmos que continuaríamos sem poder usar um banheiro decente para as nossas mais básicas necessidades fisiológicas, decidimos, pelo menos, combater aquele cheiro de mofo insuportável, comprando um circulador de ar.

- Cara, inclui na lista um lençol também porque esse aqui... dá só uma cheirada.

Não foi preciso uma grande aproximação do lençol para sentir o cheiro de anos de trabalho de prostitutas em cima daquela cama. Então, não nos restou escolha, lá fomos eu e o Drovetto, às compras emergenciais no centro de Mogi das Cruzes.

Nas Pernambucanas (todo canto desse mundo deve ter uma), fomos direto ao andar de cima, que é onde ficam as roupas de cama. E adivinha se aquela escadinha rolante no canto direito da loja não estava lá. É impressionante... as Casas Pernambucanas são igual a Mc Donald´s, existe em todo lugar e quase sempre com as mesmas características.

Ao subirmos na escada fiz a piada mais certeira da minha vida.

- Drovetto, torce para ninguém mais subir na escada até que estejamos lá em cima, porque essas escadas rolantes da Pernambucanas é assim: só aguenta dois, se subir um terceiro ela para.

De repente a escada para. Rapidamente, olhamos para baixo e vimos um cidadão que acabava de pisar no primeiro degrau da escada.

Gargalhadas à parte, compramos um lençol e um circulador de ar, quer dizer, eu comprei. Hoje, cheio de histórias, o circulador refresca minha casa.

De volta ao Mumu, outro problema: em que tomada ligar o circulador de ar? Não, não havia tomada alguma no quarto. O jeito foi pegar uma carona no quarto ao lado, mesmo a contragosto do portuga, que dizia para não incomodarmos o hóspede.

- O senhor cala a boca senão sustamos os cheques. Já se esqueceu? Ameaçávamos.

Graças ao bom Deus, o carinha do quarto ao lado cedeu-nos a tomada por toda a segunda noite. O fio, lógico, não deu e tivemos que comprar também uma extensão, que ficou atravessando o corredor da espelunca a noite toda.

- Alguém pode nos acordar amanhã cedo? Temos prova às 8 da manhã e precisamos acordar umas seis e meia no máximo, para nos arrumarmos e irmos a pé.

Acordo fechado, hora de ir para a cama. Outro problema: cama de casal.

- Olha, o melhor é dormimos invertidos. Sugeriu Drovetto.

- Melhor não. Já pensou acordar com o dedão do meu pé na sua boca? Retruquei.

- Então vamos dormir certo e fazemos um pacto: a gente só sorme em duas posições, ou de barriga para cima ou do lado oposto ao do outro. Nunca virado para o lado em que o outro se encontra.

- Pra mim está ótimo. Exclamei.

Toc-toc-toc, acorda!

O tiozinho da recepção socava a porta para nos acordar. Abri o olho e dei de cara com o Drovetto virado justamente do meu lado. Um soco no estômago foi o suficiente para puni-lo pela quebra do pacto. Lavamos a cara, tomamos um desjejum miserável oferecido pelo restaurante do portuga do outro lado da rua e fomos correndo para a UMC.


Não percam, a última parte

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Foto: o novo quarto do Mumu, aparentemente melhor, mas sem nenhum item de série. Observe, do lado direito, utilizamos os cobertores e lençóis nojentos para vedar o vão da porta do banheiro. Ao centro, meu circulador de ar. Na cama, um lençol novinho e gostosinho. Enfim, tínhamos nossa tão esperada noite de sono desde que chegaramos.




quarta-feira, 4 de março de 2009

Hotel Mumu (parte 2) - O pesadelo continua


De repente um esbarrão na perna. Alguns instantes depois outro e um 'acorda folgado' bem irritado. Abro os olhos e vejo o Drovetto segurando minha máquina fotográfica nas mãos, mirando a lente em minha direção.


- Fala giz, fala.


- Cara, guarda essa máquina. Tô morrendo de sono. Essa cambada daí ao lado não me deixou dormir a noite inteira. Vamos dormir mais um pouco.


- Se eu não dormi, você também não dorme. Folgado. A cama era sua. Era você quem tinha que ter ficado lá. Não consegui ficar deitado nesse colchão horrível. Meu, isso aqui é uma espelunca. Temos que conversar com o português e exigir o nosso dinheiro de volta.


Decisão tomada, o desafio seguinte era conseguir tomar um banho no banheiro mais que apertado do nosso quarto. E lá foi Drovetto. Enquanto isso, eu tentava dar uma ajeitada nos colchões para abrir espaço.


De repente, uma cucaracha passeando sobre os lençóis que haviam servido para meu repouso.


- Argh, que nojo! Exclamei em alto som.


- O que aconteceu? Gritou Drovetto do chuveiro.


- Uma barata nojenta andando pelo quarto.


- Mata ela pô.


O problema era arranjar espaço para matar a dita cuja e não sujar ainda mais o já fétido ambiente.

Pá. Uma chinelada certeira e o estrago estava feito. Agora éramos três a dividir o cubículo. Eu, Drovetto e a barata, estatelada em cima do lençol, no pior estado que podia estar. Com um caldo verde que se espalhava por vários centímetros de diâmetro a partir do ponto central.


- Argh, que nojo, mano! Exclama Drovetto.


- Eu te avisei.


- Bom, se restava alguma dúvida em relação a sair desse 'muquifo', agora não resta mais. Vamos lá!


Após falarmos duro com o portuga, inclusive tendo o ameaçado de sustarmos os cheques entregues como pagamento pelas diárias, o portuga achou por bem nos dar um outro quarto, segundo ele, bem melhor que o anterior.


O pior de tudo é que a gente acreditou mais uma vez no safado.


Continua...


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Foto: após uma noite de sono mal dormida, Drovetto me acorda irritado com a má escolha que havia feito em trocar o colchãzinho no chão pela cama sinistra. Não aguentei e caí na gargalhada, mesmo minha situação não sendo das muito melhores. Ah... minutos depois desta foto, a barata apareceria para nos expulsar definitivamente do quarto.