domingo, 30 de agosto de 2009

Mais uma vez o domingo!


Já devo ter falado aqui que detesto o domingo.

Mas repito: o domingo não me faz bem. Acho que deve ser o ar, a sombra feita pelas árvores, a monotonia pairando no ar, as lojas fechadas, o jogo de futebol de tarde, os programas telvisivos (é incrível como não se tem opção nos canais abertos), o horizonte morrendo com o sol, a preguiça letárgica após o almoço, as ruas mais vazias, o clima de final e ao mesmo tempo a falta de ânimo para o recomeço, o almoço com os parentes, a ausência de alguns deles, a saudade dos amigos distantes, a falta de tudo o que ainda não tive, o desejo teimoso por querer de volta o que já foi, a pouca praticidade e o relógio que irritantemente anda (rápido ou devagar).

Acho que não gosto do domingo por tudo isso e mais um pouco. O pouco que eu não consigo nomear, mas que faz grande diferença. Talvez esse seja a beleza deste dia, se é que há nele beleza alguma, ser tão entediante quanto impossível descrevê-lo. Morra domingo! E só volte para a missa de 7º dia!

A todos uma ótima segunda-feira... ah... belíssima segunda-feira!
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Foto: Parque da Cidade se preparando para dormir.

domingo, 23 de agosto de 2009

Piores propagandas do mundo - Parte 1

Por incrível que pareça esse comercial era transmitido na década de 1970 e todo mundo achava normal ver armas, fumo e álcool juntos e ainda por cima regados a uma violência ignorante. Tudo para sair da rotina, ou melhor, de Rotina City! Rsrsrs. Hoje, só rindo mesmo.

Obs: destaque para a cusparada do peão que observa a cena sentado em uma das mesas.

Tirando a tosquice de lado, algumas perguntas ficam no ar:

1- Quem autorizou a galera a desrespeitar a lei anti-fumo e a fumar em ambiente fechado?

2- Quem vai pagar o estrago feito pelo peão no mostruário de bebidas do dono do bar?

3- Onde estava a Guarda Municipal que não agiu rapidamente e deteve as pessoas armadas?

4- Que revólver é esse que carrega 17 balas num tambor de 7?

5- Onde é que eu compro essa bebida...

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Cê...que...ia...cê uié?

A pauta sobre uma estrada de terra que não estava deixando os pulmões dos moradores de um bairro de Jundiaí havia sido cumprida e eu tomava o rumo de volta da redação qundo avistei a faixa: Vacinação contra a rubéola. Vacine-se aqui!
De supetão pedi para que o motorista parasse o carro. Entrei no posto e, como só havia um senhor na sal de espera, fui prontamente atendido pela recepcionista.
- É só aguardar que a enfermeira já vai te chamar.
Sentei-me ao lado do senhor, que parecia em estado de transe, hipnótico, olhando para o nada, com a boca aberta, quase babando.
- Psiu... psiu... ô... ô...
O velho reagia para a vida e começava naquele instante um processo de comunicação angustiante comigo. Justo eu, que estava morrendo de pressa para ir embora.
- Ô...
- Que é?
- Que d... é ho...?
- O que?
- Que d... é ho...?
- Desculpa, mas eu não estou te entendendo...
- QUE D... É HOOOO!!!! Gritou com as mesmas sílabas falhas e pouco pronunciadas.
- Que dia é hoje?
- É! relaxou.
- Hoje é quarta.
- É feriad...?
- Não. O feriado foi semana passada.
- Ahn...
Onde é que se enfiou essa enfermeira? Por que não me chama logo? Putz... esse velho vai falar comigo de no...
- Ô... ô...
Putz, que merda, eu sabia!
- Ô... ô...
- Que foi? Respondi com desânimo.
- Cê que...ia...cê...uié?
- O que?
- Cê que...ia...cê...uié?
- Eu o quê?
- CÊ QUE...IA...CÊ...UIÉ?
Não é possível que ele esteja me perguntando isso! Pensei.
- Desculpa senhor, mas eu não entendo o que o senhor está perguntando! (portanto, por favor, me ignore enquanto eu estiver aqui, sim? Mentalizei)
- Cê que...ia...cê...uié?
- Se eu queria ser mulher?
- É...
Olhei para o teto, olhei para o ambulatório, olhei para o relógio... Mas que porra essa enfermeira tanto faz que não me chama? Só tem eu nesse lugar! E esse velho louco do meu lado, que ainda por cima deve ser tarado. Concluí.
- Não. Não queria. (Mas queria que o senhor calasse sua boca frouxa! rsrs)
- Eu que...ia.
- O senhor queria?
- Que...ia.
Agora era eu quem ficava curioso pra continuar a esdrúxula conversa.
- Por que?
- Puque...sô...mu...capi...oso.
- Por que o quê?
- Puque...sô...mu...capi...oso.
- Porque o senhor é muito caprichoso?
- É...
- E só por isso o senhor queria ser mulher?
- É...
- Então tá...
Carlos Gustavo.... Chamou a dita cuja enfermeira.
Trinta segundos depois eu saía da sala e passando pelo velho que ainda permanecia na tal sala de espera, percebi que um outro rapaz fazia companhia pra ele.
Já na porta, ouvi:
- Ô... ô... cê...que...ia...cê...uié?

domingo, 16 de agosto de 2009

Alternativas nunca faltam!

Garganta curada, ânimo refeito e cá estou eu novamente para mais um post. Desde o início deste blog eu propus a mim mesmo que nunca escreveria sem vontade, só por obrigação e é por isso que às vezes demoro para postar alguma coisa, mesmo havendo muito para contar.

Muitas notícias aconteceram nesse tempo e eu nem as deveria relatar, mas como sei que tem gente louquinha pra saber da minha vida, gente que eu faço de conta que nem imagino quem seja (nossa, essa foi pra dar nó no cérebro, hein?), começo dizendo que estou frequentando um cursinho preparatório para o próximo concurso público da minha já extensa lista de concursos prestados.
Mudança total de planos. Essa é a minha decisão em relação à minha carreira profissional. Afinal, não se pode passar a vida inteira esperando por uma indicação, um convite, de alguma empresa séria, que leve a sério minhas qualidades como jornalista.
Quem sabe então, o mundo dos concursos públicos não possa me proporcionar um futuro melhor? Ou então menos frustrante... já seria uma grande vantagem, pois nesse novo caminho só dependerei de meus conhecimentos e de minha vontade de aprender, e olha que isso eu tenho bastante.

Mas meu diploma de jornalista não vai ficar guardado na gaveta não. Ele vai ter que me engolir mais um pouquinho.
É que decidi me dedicar à elaboração de um boletim de circulação interna do condomínio em que resido. E por enquanto está sendo uma aventura e tanto, até pelo fato de eu mesmo ter que diagramar o periódico, coisa que eu não faço desde que saí da faculdade, em 2003.

Bom, é isso. Quem souber de mais alguma coisa da minha vida, que eu mesmo não saiba, o que acontece muito frequentemente, pode me mandar um e-mail, afinal, quem avisa amigo fofoqueiro é, né? rsrs.

Beijos e abraços!

domingo, 9 de agosto de 2009

Fazer o quê, né?

Hoje é dia dos pais! Tomara que eu seja um pai melhor que o meu!
Sem mais.

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Minha garganta tá uma droga!

Eita semaninha péssima que estou vivendo. Já no último final de semana minha garganta inflamou e eu, na ânsia de evitar a droga pesada do antibiótico, comecei a remediar a situação com anti-inflamatório.
Ontem, não aguentando mais o embrulho no estômago devido ao medicamento, que estava fazendo mais mal do que um antibiótico, procurei um amigo meu médico, que enfim recomendou-me o danado de 500 mg. "Anti-inflamatório é um perigo, pois não ataca a causa do problema e intoxica. Para mim, ou não se toma nada ou se toma logo o antibiótico", ensinou-me.

Hoje, amanheci derrubado, um verdadeiro guerreiro morimbundo de uma guerra gigantesca travada dentro de mim. Bom, tomara que meus soldados derrotem logo os invasores bacterianos que até o momento são donos do meu bom humor.

Nessas horas, fico imaginando as pessoas que necessitam tomar um verdadeiro coquetel de drogas diariamente, no combate a alguma doença grave como a Aids por exemplo. Isso não é vida. O organismo deve se embrulhar de uma tal maneira que a vontade deve ser a de jogar as vísceras para fora e não a de se nutrir.

Pelo menos por esse problema eu não passo e, no momento, tenho apenas a preocupação de cumprir à risca os oito dias de medicamento a cada oito horas para que, em breve, mais essa história fique no passado.

domingo, 2 de agosto de 2009

Jornalismo em trinta páginas

Foi durante um dos meus passatempos preferidos que, há cerca de um mês, tomei mais um tiro no meu ego de jornalista. Para quem não sabe, sou louco por uma banca de jornais. Não resisto a uma banca aberta e cheia de novidades. Pré-requisito para uma outra paixão que tenho: colecionar gibis de Maurício de Sousa.

Pois bem, foi com o propósito de adquirir uma revista do Chico Bento que, no início de julho, entrei na banca da avenida 9 de Julho, aquela localizada ao lado do Mc Donald´s e me deparei com um manual prático de como aprender jornalismo. Um livreto de pouco mais de 30 páginas que promete ao candidato a jornalista as noções básicas e necessárias para o exercício da profissão.

O que mais me espanta não é constatar a cada dia que a profissão que um dia escolhi, a profissão pela qual estudei quatro anos foi banalizada por juristas de visões limitadas acerca do impacto social que suas decisões causarão a médio prazo, mas a rapidez com que editoras se prestaram ao desserviço de compactuar com a desregulamentação da profissão.

Peguei o livreto, folheei e tive uma vontade imensa de rasgá-lo, picá-lo, incendiá-lo, mas meu bom senso me convenceu que o pior castigo para ele e para a editora seria mofar na prateleira.

- Nossa, que absurdo né?

Foi esse o comentário feito pelo motorista do Bom Dia, que tinha acabado de adentrar a banca e me visto folhear a publicação. Como ele bem disse, mesmo não possuindo ensino superior até ele consegue entender melhor do que o ministro Gilmar Mendes, que o jornalismo não se aprende como um curso daqueles oferecidos pelo antigo Instituto Universal.

- Não vejo qual a razão então de não termos também a liberação da profissão de advogado, já que é tudo uma questão de técnicas. A gente bem que poderia entrar na banca e escolher o que ser, sem precisar de ensino superior.

Esbocei um sorriso de indignação e satisfação por ver que um humilde cidadão compreendia meu desgosto, me despedi e fui embora.

- Quem sabe a coisa não melhora e a gente volte a se encontrar em alguma redação? Tudo de bom! Desejou-me.

É... quem sabe?

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PS: A imagem acima é meramente ilustrativa, não se referindo ao livreto em questão.