domingo, 28 de outubro de 2012

As reticências da minha vida








O sempre e o nunca me incomodam...
As reticências é que me aliviam... sem ponto final...
Os porquês são bons, sobretudo quando separados...
São, digamos, temperos que devem ser equilibrados para acertar o tom.
Mas o talvez... o talvez é a pimenta que fustiga, que comicha...
E quase ressuscita...
Vai... diga que a certeza me irrita...
Diga que meu peito tá cheio de interrogações...
E eu apareço um belo dia pra te desejar um encosto de cabeça...
É que a vida, com seus advérbios monótonos, me incomoda.
Mas as reticências... as reticências...
Essas são parentes ou parênteses do talvez?
Eu não quero achar nada...
Quero é preencher as reticências da minha vida...
Como se preenchê-las fosse possível...
E na possibilidade houvesse ainda mais reticências...

domingo, 14 de outubro de 2012

Liberdade


Liberdade

Perceber aquilo que se tem de bom no viver é um dom
Daqui não
Eu vivo a vida na ilusão
Entre o chão e os ares
Vou sonhando em outros ares, vou
Fingindo ser o que eu já sou
Fingindo ser o que eu já sou
Mesmo sem me libertar eu vou

É Deus, parece que vai ser nós dois até o final
Eu vou ver o jogo se realizar de um lugar seguro

De que vale ser aqui
De que vale ser aqui
Onde a vida é de sonhar?
Liberdade