domingo, 28 de outubro de 2012
As reticências da minha vida
O sempre e o nunca me incomodam...
As reticências é que me aliviam... sem ponto final...
Os porquês são bons, sobretudo quando separados...
São, digamos, temperos que devem ser equilibrados para acertar o tom.
Mas o talvez... o talvez é a pimenta que fustiga, que comicha...
E quase ressuscita...
Vai... diga que a certeza me irrita...
Diga que meu peito tá cheio de interrogações...
E eu apareço um belo dia pra te desejar um encosto de cabeça...
É que a vida, com seus advérbios monótonos, me incomoda.
Mas as reticências... as reticências...
Essas são parentes ou parênteses do talvez?
Eu não quero achar nada...
Quero é preencher as reticências da minha vida...
Como se preenchê-las fosse possível...
E na possibilidade houvesse ainda mais reticências...
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Um comentário:
“Se deixou levar por sua convicção de que os seres humanos não nascem para sempre no dia em que as mães os dão à luz, e sim que a vida os obriga outra vez e muitas vezes a se parirem a si mesmos.”
(O amor nos tempos do cólera - Gabriel García Márquez)
Passei para te visitar... deixar as minhas reticências... pois que elas são os umbigos da gente nascendo outra vez.
Abraço, Ada
coisasdeada.blogspot.com
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