domingo, 25 de janeiro de 2009

Sinceramente... Ninguém entende!



Ninguém entende. Por mais que eu me esforce num desabafo sem fim, ninguém consegue sequer chegar perto de entender minha angústia. Sim, eu sofro sim, como bem frisou minha querida psicóloga no último encontro. Sofro todos os dias, mas hoje em especial, a dor estava mais latejante dentro do peito. Queria sair e explodir no ar, como fogo de artifício. Mas eu, pelo menos dessa vez, me segurei.

Ninguém entende. Por pior que possa parecer, todos continuam surdos e cegos frente ao meu desespero, ao meu quase pedido de socorro. Eu sei que ninguém pode me ajudar, mas nessas horas é tão bom ser compreendido, receber um apoio verbal que seja... Mas não, eles não entendem o que é viver como o pé no chão desejando voar, desejando viver o sonho que um dia esteve prestes a se tornar realidade.

Ninguém entende. E o domingo, tradicional carrasco de meu humor, minhas emoções, se aproveitou para me sufocar um bocadinho mais dessa vez, uma esganadinha a mais no meu pescoço. Cercado de pessoas, me senti uma vez mais solitário. Minha família não suporta mais o peso da culpa por ter-me influenciado a caminhar para onde eu não desejava e se escondem, agora, em risos amarelados e em uma disfarçatez que me arranca pena.

É triste, numa tarde feia de domingo, constatar que ninguém te entende pelo simples fato de nenhum deles ainda ter se entendido, ou melhor, de nehum deles saber que há algo a ser entendido... Enquanto isso eu sofro e sonho.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Lógico que é amor

Há tempos venho ensaiando algumas palavras sobre o amor, sobre o meu amor, ou o que restou dele. Fuçando em meus rabiscos encontrei fragmentos que ainda hoje podem expressar meus sentimentos...

"Até hoje não me lembro bem do que foi que aconteceu. Não por não querer, mas por apenas achar que não vale a pena deixar-me pensar e, quem sabe, cair em um buraco escuro onde todas as lembranças fazem ou fizeram sentido.

Como em uma tarde de chuva, na qual cada pingo d’água tem sua participação fundamental no cenário, cada uma de suas imagens ainda habitam boa parte da minha cabeça. Deselegância esta causada pela vontade torpe de te reconstituir em mente e em parte.

Os cheiros nunca mais serão os mesmos. Os toques muito menos. A boca evita a palavra para não matar o coração e não morrer num silêncio cabisbaixo provocado pela dor tênue da saudade. Mas tristeza não.

Sofrimento que se traduz em dor, como diria o poeta, talvez até faça bem à alma e a faça crescer. Mas tristeza de modo algum. Mesmo porque o ruim de hoje é e sempre será o bom de amanhã, ou pelo menos um pouco menos feio, como crê a lógica. Pena que o amor nada tenha a ver com lógica!"

Ainda amo, sinto que amo... até quando?

sábado, 17 de janeiro de 2009

Liberdade...


Música de trabalho (Legião Urbana)


"Sem trabalho eu não sou nada
Não tenho dignidade
Não sinto o meu valor
Não tenho identidade

Mas o que eu tenho é só um emprego
E um salário miserável
Eu tenho o meu ofício
Que me cansa de verdade

Tem gente que não tem nada
E outros que têm mais do que precisam
Tem gente que não quer saber de trabalhar

Mas quando chega o fim do dia
Eu só penso em descansar
E voltar pra casa
Pros teus braços

Quem sabe esquecer um pouco
Todo o meu cansaço
Nossa vida não é boa
E nem podemos reclamar...

Sei que existe injustiça
Eu sei o que acontece
Tenho medo da polícia
Eu sei o que acontece

Se você não segue as ordens
Se você não obedece
E não suporta o sofrimento
Está destinado à miséria

Mas isso eu não aceito
Eu sei o que acontece

E quando chega o fim do dia
Eu só penso em descansar
E voltar pra casa pros teus braços

Quem sabe esquecer um pouco
Do pouco que não temos
Quem sabe esquecer um pouco
De tudo o que não sabemos..."


E é assim que eu levo a vida, cantando e entendendo que tudo não passa de uma questão de fase. A vida é assim, mutável demais para vir a se tornar monótona. Essa é a beleza da vida. Cabe a nós aproveitarmos tudo o que vier, pois o presente tem exatamente esse nome para nos lembrar de sua importância...


Sinceramente? Sinto-me aliviado de não mais me sentir estagnado no cárcere sem paredes que aquela redação representava aos meus princípios.

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Força Sempre!

A pedido dos inúmeros leitores deste blog desconhecido, não é senhor Édi? Decidi arrumar um tempinho para voltar a ser sincero. Aliás, surpreende-me constatar que um blog pode dar tanto trabalho quanto um animal de estimação, ou seja, se você se esquiva de suas obrigações, os leitores latem. Quer dizer, reclamam... rsrs.

Bom, desde a última postagem, decidi dar um tempo para a cabeça. Por isso, aproveitei o 'pé-na-bunda' que levei do JC para tirar as merecidas férias. Fui para Bauru, minha segunda cidade Natal, e reencontrei amigos, lugares, gostos e ares de outrora. Como foi bom passar pelas mesmas ruas esburacadas daquela cidadezinha, que tem tudo para ser grande, mas teima em se esconder no meio do Estado.

Mas, voltando ao assunto, visitei seu shopping, que a exemplo do de Jundiaí, passou recentemente por uma ampliação, comi um tradicional Donuts no Wal-Mart, que melhorou muito depois que eu deixei a faculdade, em 2004, e também passei pela Praça da Paz, na avenida Nações Unidas, onde pude conferir, uma vez mais, todo o sabor do churro Oba-Oba, que só quem já provou pode entender do que estou falando.

Enfim, foi tudo muito bom. Apenas deixei de ir à Unesp. Ao invés disso, fui ao condomínio residencial que me abrigou de setembro de 2000 a dezembro de 2003. Ele está quase igual, somente recebeu algumas melhorias, como a cobertura nas vagas de garagem. Confesso que ao chegar em frente a ele, me contive em pedir para que o porteiro me permitisse entrar. Preferi olhar de fora, como que de forma inconsciente eu afirmasse a mim mesmo: Gustavo, aqueles tempos ficaram para trás.

E ficaram mesmo... pensei, ao ver alguns unespianos chegando no portão do condomínio. É... faz cinco anos que deixei a vida até certo ponto imatura da universidade e adentrei ao mundo adulto do profissional responsável. A volta às origens, justamente nesse momento tão delicado de minha vida, em que, parece-me, o mundo caiu em minhas costas, até que me fez bem. Lembrei de todo o esforço feito para vencer a concorrência de 30 candidatos para cada vaga da Unesp e, depois, de cada hora de sono perdida debruçado em textos e em trabalhos acadêmicos, e reafirmei a mim mesmo: sou capaz de quase tudo nessa vida. Vou vencer mais esse obstáculo e dar risadas num futuro bem próximo. Força sempre!