segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Lógico que é amor

Há tempos venho ensaiando algumas palavras sobre o amor, sobre o meu amor, ou o que restou dele. Fuçando em meus rabiscos encontrei fragmentos que ainda hoje podem expressar meus sentimentos...

"Até hoje não me lembro bem do que foi que aconteceu. Não por não querer, mas por apenas achar que não vale a pena deixar-me pensar e, quem sabe, cair em um buraco escuro onde todas as lembranças fazem ou fizeram sentido.

Como em uma tarde de chuva, na qual cada pingo d’água tem sua participação fundamental no cenário, cada uma de suas imagens ainda habitam boa parte da minha cabeça. Deselegância esta causada pela vontade torpe de te reconstituir em mente e em parte.

Os cheiros nunca mais serão os mesmos. Os toques muito menos. A boca evita a palavra para não matar o coração e não morrer num silêncio cabisbaixo provocado pela dor tênue da saudade. Mas tristeza não.

Sofrimento que se traduz em dor, como diria o poeta, talvez até faça bem à alma e a faça crescer. Mas tristeza de modo algum. Mesmo porque o ruim de hoje é e sempre será o bom de amanhã, ou pelo menos um pouco menos feio, como crê a lógica. Pena que o amor nada tenha a ver com lógica!"

Ainda amo, sinto que amo... até quando?

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