sexta-feira, 10 de abril de 2009

É preciso amar, só amar!


Há tempos venho ensaiando como falar em religião sem ofender aqueles que curtem essa balada perigosa. E vi que o único jeito seria falando na lata!

Bom, daqui para frente, o leitor que for adepto dessa droga pesada, por favor, evite aborrecimentos e não siga em frente neste texto, que para você, será maldito, ok?

Antes de tudo, não me venham dizer que não sei o que digo, ou coisas do tipo: "nossa, você não acredita em Deus?".

Conheço bem discursos como esse e, mais que isso, conheço bem pelo menos duas das maiores religiões do Brasil: a evangélica e a católica e afirmo: as duas têm seus prós e seus muitos contras. E por essa razão, preferi seguir apenas minha filosofia de vida, claro, baseada no mais belo princípio cristão: amai ao próximo como a ti mesmo!

Sempre digo que religião nada mais é que o divino humanizado.

Quê?

É... o divino, aquilo que transcende da condição humana, disposto em regras.

E é aí que mora o perigo... e a sujeira.

Resumidamente, todas as liturgias e as regras estabelecidas pela igreja são afirmadas por meio de passagens bíblicas. Mas, vejamos alguns pontos curiosos dessa linha de raciocínio.

A Bíblia: livro escrito há muito mais que 2009 anos. Provavelmente, há mais de 5 mil anos.

Autores: basicamente, a Bíblia é um compilado de textos escritos por diversos homens (e talvez uma ou outra mulher, que teve que se esconder atrás de um pseudônimo masculino), que viveram em diferentes épocas.

Idioma: há de tudo.

Versões: quase sempre romantizadas devido ao longo intervalo de tempo entre o fato acontecido e a narrativa posta no papel (?)

Quer dizer... temos um livro escrito há muitos e muitos anos, por autores diversos, que puseram suas visões romantizadas sobre o que ouviu-se falar em um dado momento. Depois, de acordo com o interesse de cada tempo e de cada imperador e de cada papa, foi reescrito. Para depois receber tradução de uma língua para a outra e assim sucessivamente incorrendo em erros de significado, haja vista que é impossível traduzir um idioma para o outro exatamente como é.

Finalmente, depois de tudo isso, alguém traduziu para o português e a Bíblia chegou até você, que a carrega embaixo do braço para a missa ou para o culto. E lá, ouve um padre ou um pastor interpretar aquelas palavras escritas segundo a doutrina da religião.

Vale ressaltar, que as dissidências religiosas, do tipo evangélicos: quadrangular, batista, etc. Assim como do tipo católicos: carismáticos, ortodoxos, etc. Tem divergências em relação a muitas condutas, também fruto de interpretações diferentes da Bíblia.

E em meio a tudo isso, alguém chega para você e diz: é assim porque está na Bíblia.

Por isso, vou morrer dizendo: a Bíblia é um livro fantástico, que deve ser utilizado como inspiração para a construção de sua filosofia de vida, não como verdade absoluta. Porque eu vos digo, fanáticos religiosos, ela não o é.

E antes que alguém me mande as sete pragas do Egito, vou me despedindo e lembrando que ninguém precisa de religião se entender o real sentido de: amai ao próximo como a ti mesmo!

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