sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

And so this is Natal... e a ceia que vem

Sei que muitos não gostam. Acreditem, o Natal também não é uma das minhas datas preferidas. Quer dizer, a data em si, para mim, é muito especial. O que pega é essa 'obrigação' impregnada no inconsciente coletivo de que é necessário passar a noite do dia 24 para o 25 em família, ou em grupo, ou de alguma forma diferente, com muita comida e bebida. Tá certo, eu também gosto muito de comida e bebida típicos dessa data, mas convenhamos, rever parentes não é missão das mais fáceis.
Primeiro porque existem dois tipos de parentes: os que você vê todos os dias e os que só vê nessa época (distantes). E são esses que fazem da data algo chato.
Segundo porque parentes distantes geralmente trazem novidades. E sempre são boas novidades ou melhores do que as suas. Tem sempre a tia gorda que fala dos progressos financeiros dos filhos, dos bons casamentos destes e lamenta por você, sua nem tão boa condição. Também tem os tios que bebem, bebem, bebem, e desatam a ouvir o pior da indústria cultural de massa. O pior é que eles não escutam o que os sóbrios estão sendo obrigados a ouvir. Mas experimente trocar ou abaixar o volume do maldito forró Calcinha Preta ou o sertanejo Chitãozinho (aquele disco bem antigo), para ver o que acontece. E o papo? Duas palavras mal pronunciadas por causa do álcool e altas gargalhadas, como se todo mundo estivesse naquele ritmo de festa.
Terceiro porque há o amigo secreto. É a tal da 'faca de dois legumes'. Se há o joguinho cretino, há constrangimento, frustração com o presente e aquele clima forçado de entrosamento, amor e carinho. Se não há, a ceia fica pior, pois aí sequer há aquela força de vontade para que tudo dê certo até a meia-noite e que quando esta chegar haja realmente vontade de se abraçar um ao outro e dizer: Feliz Natal!
E como a essa hora eu já sobrevivi a mais um Natal em família, posso dizer: Feliz Natal a todos e muitas felicidades... tenha em mente que ser um ser humano melhor só depende de você, não dos outros. E se quiser distribuir um pouquinho do bem que carrega consigo, não é necessário dar dinheiro a ninguém nem a nenhuma instituição de caridade, nem doar para o Teleton ou para o Criança Esperança, muito menos para instituições religiosas, apenas procure não prejudicar o próximo, o seu semelhante, tente não buzinar no trânsito para a cagada do que vai à sua frente, não faça com o outro o que você não gostaria para você, enfim, cada um teve uma criação diferente, mas nem por isso deve-se impor a merda que aprendeu a ser... se nada tiver de bom para dar, apenas não dê!

Beijos a todos!

2 comentários:

Unknown disse...

Sinceramente, Gu, eu nunca gostei de Natal. Nem de ir à casa das pessoas nesse dia. Um ponto positivo é que não tenho nenhum parente em Jundiaí. Então... a gente não sai de casa e ninguém vai em casa... rs Na véspera de Natal, dormi às 22h30, sem culpa nenhuma, apenas cansada. E diferente de muita gente, acordei bem no dia 25, pronta pra trabalhar logo cedo. Ughrrrr! Se não fosse isso, tudo estaria perfeito. Um beijo pra você.

Unknown disse...

Esqueci... Você falou do "maldito" forró do Calcinha Preta. Que isso, Gu! Seus "conceitos" de música estão ultrapassados. Até Roberto Carlos, em seu especial na Globo, cantou com o grupo. Sabe aquela música "Você não vale nada, mas eu gosto de você..."? Ninguém merece, né? Beijos