Hoje eu me peguei cantarolando uma canção que até há um certo tempo me incomodava, me causava dor e me trazia lembranças.
Eu estava visitando o blog de uma amiga e lá estava ela, estampada na página, me bombardeando com toda a sua melodia, seu compasso, sua métrica.
E comecei a cantar, do nada, sem pensar em nada, comprometido apenas com a música, sem mais nada.
Quando acabei, apenas havia cantado uma canção que gostava de cantar, que agradava e agrada meus ouvidos.
"Só nos sobrou do amor a falta que ficou" (Renato Russo)
É incrível como a dor só existe por um tempo, ou melhor, só existe enquanto há sentimento algum, e se vai quando já não há mais o que lembrar, quando já não há mais do que se orgulhar.
Cantei a música toda e contrariamente do que acontecia há alguns meses, não dediquei uma só estrofe da linda canção àquela que um dia eu acreditei ter sido especial.
"Bem que se quis, depois de tudo ainda ser feliz..." (Marisa Monte)
E se alguém perguntar por mim, diz que fui por aí levando o violão debaixo do braço, mas não paro mais em qualquer esquina, e muito menos entro em qualquer botequim, pois se houver motivo para fazer um samba, que seja um que valha meus acordes. E se quiserem saber se volto, diga que não, pois a saudade já se afastou de mim.
Um comentário:
Adorei sua adaptação para a música da Fernanda Takai. Que amiga é essa que citou a música? rs
Beijo
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