sábado, 21 de setembro de 2013

Às vezes,

Às vezes, sinto vontade de me encolher.
E bem dentro de mim permanecer.
Deixar-me em paz, no casulo.
Escondido dos perigos de fora.

Quando meu corpo já não tiver forças;
Quando meu cansaço superar meu ânimo;
Que digam que já não estou;
E deixem-me descansar da fadiga.

Porque às vezes, sinto solidão de mim.
Vontade de ficar sozinho como criança.
Só com a imaginação interagir.
Calar e rir como bem entender.

A que horas passa o trem do meio-dia?
Pois é nele que saltarei para a viagem;
Sem saber o destino que me aguarda;
Nem querer adivinhar o caminho.

É que às vezes, sumo de mim.
Pra tentar falar com Deus.
Ele me responde com um arrepio na nuca.
Eu me alegro e tenho certeza.
A certeza de que não estou aqui para me encolher.

Nenhum comentário: