Às vezes, sinto vontade de me encolher.
E bem dentro de mim permanecer.
Deixar-me em paz, no casulo.
Escondido dos perigos de fora.
Quando meu corpo já não tiver forças;
Quando meu cansaço superar meu ânimo;
Que digam que já não estou;
E deixem-me descansar da fadiga.
Porque às vezes, sinto solidão de mim.
Vontade de ficar sozinho como criança.
Só com a imaginação interagir.
Calar e rir como bem entender.
A que horas passa o trem do meio-dia?
Pois é nele que saltarei para a viagem;
Sem saber o destino que me aguarda;
Nem querer adivinhar o caminho.
É que às vezes, sumo de mim.
Pra tentar falar com Deus.
Ele me responde com um arrepio na nuca.
Eu me alegro e tenho certeza.
A certeza de que não estou aqui para me encolher.
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