É incrível como atualmente a maioria das pessoas que conheço tem me incentivado a tentar a carreira de humorista, mais especificamente no stand up comedy, gênero que consagrou humoristas como Chico Anisio e Jô Soares nas décadas de 60 e 70 e hoje ressurge (assim como o boom de revivals dos anos 80) com força total, bem representado pelos impagáveis repórteres (por que não? afinal, jogaram no lixo o diploma) do programa CQC (Custe o Que Custar) da Band.
Não vou mentir. Já pensei nisso, ainda mais porque ultimamente a carreira de jornalista não me deixa mais tão empolgado. Acho que desperdicei muita vontade em uma empresa que não me merecia. É... deve ser isso. Ou então concluirei que escolhi a profissão errada. Não, é melhor dar um tempo e pensar que escolhi apenas a empresa errada para um dia trabalhar.
Bom, o fato é que esse negócio de fazer humor já me acompanha há mais de 15 anos. Eu nem bem havia começado o ensino médio e já escutava amigos próximos me sugerindo: "Olha, se você não conseguir medicina, artes cênicas pode ser uma boa pra você!".
Sim, prestei vestibular pra medicina. E até entrei, mas numa universidade particular, cuja mensalidade em 1995 custava cerca de R$ 1,5 mil. Depois prestei medicina veterinária e também passei, em 1998. E dessa vez, não foi a falta de dinheiro que me impediu, pois consegui passar na Universidade Estadual de Londrina (UEL). O azar foi de não ter ficado sabendo da minha aprovação a tempo. Naquela época, a internet não era tão popular quanto hoje e eu só consegui ver a relação de aprovados por intermédio de um amigo meu que trabalhava em São Paulo e tinha acesso à rede.
Só que a informação chegou a duas horas do prazo limite para que eu estivesse em Londrina e firmasse a matrícula. Conclusão: no ano seguinte prestei somente jornalismo na Unesp, guiado pelo prazer que eu tinha de escrever, e passei.
Mas, voltando ao stand up comedy, vários foram os amigos que me deram essa dica. Até mesmo uma professora, que ministrou poucas aulas de criatividade no curso de pós-graduação que comecei em Campinas, em Jornalismo Literário, me incentivou dizendo que adoraria me ver no palco. "Se você resolver seguir meu conselho, me avise quando for estrear porque eu não perco uma peça sua". Dá pra acreditar?
Não sei se foi por todos esses incentivos, que eu, ao longo dos anos, comecei a ter vontade de procurar uma capacitação nessa área. Quem sabe uma hora dessas eu não me arrisco? Ah, esqueci de falar... almocei com uma turma de amigos nesta terça-feira e como sempre rimos da vida. Dentre os engraçadinhos, claro que estava eu. E há pouco li no blog de uma amiguíssima, a sugestão: "O time de jornalistas que estava reunido, representando casualmente os três jornais impressos da cidade, deveria ser um time de imitadores. Olha aí outro bom negócio. Nesta época em que a comédia stand up está bombando, e os jornalistas estão evaporando, eles se dariam bem."
É ou não é pra encanar com a ideia?
Beijos e abraços pra todos!
2 comentários:
Gu,
É pra encanar com a ideia, sim!!! Vai atrás do curso de teatro, menino. Você tem talento, assim como no jornalismo. Mas não desista desta segunda opção, tá?
Um beijo e ótimo fim de semana.
(viu, vc pôs música no blog. como fez isso?)
E olha que eu já dei muita risada com esse cara, viu?! Desde... vixi! Desde que me conheço por gente uhauhauahu
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