- E então?
- Então o quê?
- Como é que ficamos?
- Ficamos do jeito que sempre estivemos.
- Mas você não tem nada pra me dizer? Acabei de declarar todo o meu amor por você...
- Declarou porque quis. Eu não te pedi nada.
- Mas... Maria.
- Esse é o meu nome.
- Eu te amo.
- Ok.
- Ok? É isso o que tem pra dizer?
- É o que me vem à mente no momento.
- Putz... O que você sente por mim?
- No momento, nada. Mas já senti raiva de você, desprezo, pena... ah e também...
- Também...
- Respeito.
- Preferia o seu ódio.
- Afinal de contas, você quer o quê de mim?
- Quero saber se tenho chances?
- Chances de quê?
- De ter o seu amor.
- De novo o tal do amor?
- Sim... quantas vezes forem necessárias para você entender o quanto eu te amo.
- Mas eu já entendi.
- E então?
- Então o quê?
- Como é que ficamos?
- Ora, ficamos como sempre estivemos, eu já te disse há algumas linhas acima.
- Você também me ama?
- Não...
- Não?
- ... sei.
- Sabe o quê?
- Não sei. Como é que se ama?
- Quando sentimos uma vontade imensa de ficarmos ao lado de outra pessoa pra sempre.
- Mas pra sempre é muito tempo. Não pode ser por algumas horas?
- Você está brincando comigo, Maria?
- Eu não. Estou apenas sendo racional. Você fica falando coisas sem sentido.
- Eu quero ficar ao seu lado. Você quer ficar do meu lado também?
- Pode ser. Mas não pra sempre, ok?
- Olha só... pensei que você gostasse de mim, mas pelo jeito... pra mim não dá. Esquece o que eu te disse. Vou seguir minha vida. Até um dia.
- Até.
- E antes que eu me esqueça... vá pro inferno!
- E isso porque ele disse que me amava. Êta coisinha complicada essa.
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