sábado, 4 de setembro de 2010

Apertem os cintos, as sacolinhas sumiram!

Talvez o planeta agradeça e reduza gradativamente sua deterioração face à poluição que vem sofrendo há décadas, mas que o ser humano está sofrendo com o sumiço das sacolinhas plásticas nos caixas do supermercado, ah isso tá. Nunca vi tamanho desespero por achar modos de carregar suas compras, como atualmente. Desde o último dia 30 de agosto, um pacto entre todos os supermercados de Jundiaí pôs fim à sacolinha, obrigando o consumidor a adotar medidas que, até meados dos anos 80, não pareciam sacrifício algum.
Caixas de papelão, sacolas reutilizáveis e até sacolinhas plásticas levadas pouco antes de entrar em vigor a lei municipal (que resultou no pacto entre os supermercados da cidade, já que nenhum deles quis parecer deselegante sozinho aos olhos de seus consumidores) estão sendo usadas para carregar as compras. O que me espanta e chega a ser impressionante é o sofrimento do povo, principalmente as pessoas um pouquinho mais novas que eu, pertencentes à geração do plástico, que não conheceu, na década de 80, os sacos de papel rústico disponível nos caixas.
Em um dos hipermercados da cidade, vê-se carrinhos abarrotados de caixas de papelão e sacolas retornáveis mesmo antes de se iniciar as compras, tamanho é o medo de ter que levar os produtos no carrinho sem qualquer outra embalagem. Quem já tem suas sacolas não-perecíveis se orgulha, carregando-as com pompa diante dos olhos dos menos avisados (e desesperados).
O incômodo é grande, concordo, afinal, foram décadas de costume com as malditas e poluentes sacolas plásticas, mas sinto por dentro um certo orgulho por fazer parte de uma sociedade que, finalmente, começou a deixar de lado a comodidade em prol de um bem maior. O próximo passo contra o plástico? Quem sabe o fim de uma vez por todas das também malditas PETs? Aí sim, seríamos supreendidos novamente. Né não?

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