segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Procura-se, viva ou morta, a sinceridade!

Um amigo meu visitou este blog e, para o meu espanto, comentou: "Blog da Sinceridade? Ah, fala sério!". O problema é que tenho falado sério todos esses meses. Aliás, falar sério é diferente de ser sincero. Sinceridade é tão mais expositivo que até já rendeu quadro no Fantástico, sem contar que em todo show de humor (que me contradiga os comediantes de stand up) a sinceridade é o ponto fundamental de uma boa risada. É praticamente a volta ao teatro de Gil Vicente, quando rindo castigavam-se os costumes.
E como temos o costume de fazer política da boa vizinhança para aumentar a lista de "amigos"... Na TV isso é muito mais visível, o que me chateia profundamente quando arrisco algumas horas do meu tempo contado em parar minha atenção em direção ao tubo catódico ou caótico, sei lá...
Convenhamos, vivemos atualmente, pelo menos na TV aberta, a cultura do ridículo, ou seja, a do quanto pior e mais escrachado melhor, porque é assim que o povo entende e é assim que o povo gosta. Ah, para com isso! Quer dizer que, enquanto o povo estiver ouvindo e vendo m...da, é só isso que daremos? Será que não valeria a pena mostrar o que é que há fora do círculo luminoso mais intenso da lanterna?
Sejamos sinceros pelo menos um minuto por dia com nós mesmos e veremos o quão errado tem sido nossos julgamentos em relação ao que é bom ou ruim.

1. Emos: não é possível um jovem, por mais louco ou revoltado (mesmo que sem causa alguma) acredite que usar cabelos descortados, picotados, abarrotados, remendados e grudados (muitas vezes com cola) seja legal. Chega a ser nojento o visual de boa parte dessa galera. Gente, pra ser emotivo não é necessário ser horripilante!

2. Ídolos mirins: até entendo os deslumbres das menininhas da idade, mas sejamos sinceros, são ruins que dói. Por que é que só coisa ruim atrai essa juventude?

3. Programas dominicais: tem coisa pior? Todos são adeptos da mesma fórmula que já cheira a mofo. Gugu já fazia há 25 anos o que Ana Hickmann e Eliana fazem hoje, só que naquela época era novidade!

4. Filho(a) de artista: nem sempre leva jeito pra atividade que os pais exercem. Um bom exemplo é tal do filho do Fábio Júnior. Um depoimento dele no Fantástico de ontem foi o pior que ele poderia ter dado num quadro chamado "Jogo da Verdade". Segundo ele, os amigos de escola viviam falando que ele tinha que estudar muito pra tirar as melhores notas e mostrar que era filho de quem era, e hoje, ele está aí, fazendo sucesso e um monte de show. Sem comentários!

5. Monstros sagrados: uma verdadeira avalanche de elogios sai da boca de apresentadores de TV, não só de Faustão, que pode ser considerado ícone nesse gênero, mas de todos que se aventuram à frente de uma câmera. Confundem entretenimento com elogios. Será que é tão difícil falar a verdade vez ou outra sem ter que puxar o saco da atração. E se engana quem pensa que isso é privilégio de programa de TV. Na imprensa escrita a coisa é até pior.

6. Direitos das crianças e dos jovens: criança tem direito a ser educado, ou seja, a única coisa que eles têm que fazer é estudar e brincar. Essa coisa de que tem que haver diálogo entre pais e filhos ao invés de uma palmada é medida para se criar delinquentes. Os a favor do projeto de lei que transforma a palmada em crime são uníssonos: preferem dar castigos como tirar o videogame e a internet a dar uma palmadinha que seja. E dizem que o melhor é conversar e explicar para a criança. Ora, existem situações diversas, assim como crianças e crianças. Às vezes, a palmada tem que acontecer sim senhor. E é diferente de se espancar os filhos, é bom que se diga, mas minha geração repetiu de ano na escola, apanhou das pais e nem por isso crescemos revoltados.

Bom, por hoje chega de ser sincero! Agora joguem pedras à vontade no post acima, afinal, sejamos sinceros, o que o ser humano mais gosta de fazer é falar mal dos outros! rsrsrs

Abraço a todos!

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