Mesmo sabendo da enorme sinceridade das crianças, ainda assim é meio estranho se deparar com presentes como este aí do lado, que eu recebi em meados de abril, de um dos meus alunos "pestinhas", embora eu até hoje não saiba exatamente qual deles foi o autor da obra-prima. O desenho foi o centro das atenções na sala dos professores, que insistem em me dizer que tenho que ser mais enérgico com o pessoalzinho das quintas séries. Sinceramente, não sei o que fazer, então alterno o comportamento entre sargento e amigo. Por mais recomendações que me dão, não dá para ser sargento o tempo inteiro, pois eles, além de pestes, são crianças amáveis...
Outra pérola entre os souvenirs que carrego comigo, é esta carta bem ao estilo de fã de menudo... entregue a mim pela Fernanda Felix, minha aluna da quinta série D. Ao receber, não sabia o que falar. Agredeci secamente, mas grandemente comovido. E quando eu achava que já tinha visto de tudo, fazendo as notas do primeiro bimestre da turminha, decobri esta última carta entranhada no meu diário de classe, assinada apenas com um apelido: Dindi. Na aula seguinte, a autora da façanha se revelou: Ingrid, minha aluna e filha de uma diarista que, vez por outra, dá um trato na minha casa. A engraçadinha veio e perguntou: o senhor achou alguma coisa na sua caderneta? Eu, com cara de babaca enganado, sorri sem saber o que falar. - Meu apelido é Dindi. O senhor gostou do desenho que fiz pro senhor?
Outra pérola entre os souvenirs que carrego comigo, é esta carta bem ao estilo de fã de menudo... entregue a mim pela Fernanda Felix, minha aluna da quinta série D. Ao receber, não sabia o que falar. Agredeci secamente, mas grandemente comovido. E quando eu achava que já tinha visto de tudo, fazendo as notas do primeiro bimestre da turminha, decobri esta última carta entranhada no meu diário de classe, assinada apenas com um apelido: Dindi. Na aula seguinte, a autora da façanha se revelou: Ingrid, minha aluna e filha de uma diarista que, vez por outra, dá um trato na minha casa. A engraçadinha veio e perguntou: o senhor achou alguma coisa na sua caderneta? Eu, com cara de babaca enganado, sorri sem saber o que falar. - Meu apelido é Dindi. O senhor gostou do desenho que fiz pro senhor?
- Claro que gostei, respondi. Mas não faça mais isso, não é certo você mexer nas minhas coisas!
Essa é a vida de professor. Você vai do céu ao inferno em poucos segundos, como naquele brinquedinho do Hopi Hari, a Torre, na qual mal sai de um estado e já está no outro. Mas, confesso que esta tem sido uma experiência e tanto na minha vida. E como sei que é uma fase que vai durar muito pouco, tenho tentado aproveitá-la ao máximo, apesar da imensa cobrança que também há nesta carreira linda e digna, mas infelizmente tão desvalorizada pelo governo e pela sociedade de um modo geral.
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